Atualizado em: 26/07/2024, as 06:07
Quando o Áureo Alessandri Neto, meu amigo, e um dos maiores escritores que conheço nesta terra de merda e miséria, escreveu: “Os dias que vão te pegar de surpresa”, falando particularmente da relação entre Inteligência Artificial e o Poder Global, não me fiz de rogado. Resolvi “brincar” com a tal Ia. Já havia experimentado, e até brigado (brigar com um robô é fria, sinal de loucura, admito). Então lá fui eu ao tal de Chat GPT.
Primeiramente colei o texto lá e esperei. Ah… Coisa de segundos. E obtive isso:
“Esse texto apresenta uma visão distópica do futuro, explorando temas como avanços tecnológicos, desemprego em massa devido à automação, formação de um governo global totalitário e possíveis consequências sociais e políticas. Aqui está uma análise:
Temas e Motivos
Avanços Tecnológicos: O texto aborda o impacto da automação, inteligência artificial e robótica na sociedade, prevendo uma redução drástica de empregos e mudanças radicais no sistema econômico global.
Totalitarismo e Controle: O autor descreve um cenário onde um governo global totalitário controla todas as facetas da vida, incluindo a economia, a mídia e até mesmo a população.
Desigualdade Social e Exclusão: O texto sugere que a maioria da população será relegada à miséria enquanto uma elite governante detém todo o poder e recursos.
Paralelos Históricos: O autor faz paralelos com eventos históricos, como o comunismo chinês e o regime nazista, para ilustrar os perigos do totalitarismo e controle estatal.
Previsão do Futuro: O texto especula sobre o futuro da humanidade, destacando possíveis desdobramentos catastróficos resultantes do avanço desenfreado da tecnologia e da concentração de poder.
Estilo e Tom
O tom do texto é alarmista e conspiratório, caracterizado por uma mistura de análise sócio-política e previsões distópicas. O autor adota uma postura crítica em relação aos avanços tecnológicos e alerta para os perigos do totalitarismo global.
Reflexões e Questões
Ética da Tecnologia: O texto levanta questões sobre os limites éticos da automação e da inteligência artificial, sugerindo que esses avanços podem levar a consequências desastrosas para a sociedade.
Controle e Liberdade: Explora os temas da liberdade individual e controle governamental, questionando até que ponto as pessoas estão dispostas a sacrificar suas liberdades em troca de segurança e estabilidade.
Desigualdade Econômica: Discute as disparidades econômicas resultantes da automação, com uma elite governante desfrutando de riqueza e poder enquanto a maioria da população sofre com a pobreza e a opressão.
Conclusão
O texto oferece uma visão sombria do futuro, alertando para os perigos do avanço tecnológico descontrolado e do totalitarismo governamental. Embora algumas das previsões possam parecer extremas, o texto serve como um lembrete provocativo dos desafios éticos e sociais enfrentados pela sociedade moderna”.
Decidi ir adiante, e pedi TAGs, afinal o Google só enxerga a gente com essas malditas etiquetas. A resposta, bonitinha, e em uma fração de segundo:
“Futurologia, Avanços tecnológicos, Automação, Desemprego em massa, Totalitarismo, Controle governamental, Desigualdade social, Previsão do futuro, Distopia, Ética da tecnologia, Consequências sociais, Consequências políticas, Comparações históricas, Críticas sociopolíticas, Alerta sobre o futuro”.
Prossegui… Pedi que me sugerisse uma imagem para ilustra esse texto. A resposta veio tão rápida quanto antes:
“Uma sugestão de imagem para complementar o texto poderia ser:
Uma cena urbana futurista, com arranha-céus imponentes e luzes de neon brilhando nas ruas. No céu, drones voam em todas as direções, simbolizando a automação e o avanço da tecnologia. Na rua, uma multidão de pessoas parece deslocada e desesperada, contrastando com a opulência dos prédios ao redor. No centro da imagem, um grande edifício governamental domina a paisagem, com slogans de propaganda iluminados em suas paredes, enquanto câmeras de vigilância monitoram cada movimento dos cidadãos. Essa imagem captura a atmosfera distópica e controladora descrita no texto, evocando reflexões sobre os desafios éticos e sociais enfrentados pela sociedade futurista”.
Continuei meu percurso, e fui ao Google, e procurei onde pudesse transformar essa “sugestão” em imagem de fato. Depois de várias tentativas frustradas (até porque a maioria era de sites pagos) encontrei o Adobe Firefly. Rapidinho colei numa caixa de diálogo a mesma frase sugerida pela IA do ChatGPT e… Mágica. Em segundos quatro sugestões de imagens me apareceram. Foi só salvar e o milagre estava feito.
E o que depreendo disso? Bem como dono, único editor, digitador, maquiador, fornecedor, pagador e tudo quanto é “or” negativo, eu tinha que, ao receber um texto de um autor: ler, revisar, editar, ficar um tempo imenso pensando em TAGs para facilitar a indexação, depois quebrar a cabeça buscando imagens que não tivessem direitos autorais, mas que se enquadrassem na ideia do texto. Depois montar todo esse quebra cabeças e aí sim, postar no Agulha. Mas agora… UAU! Resolvi tudo isso em pouquíssimos minutos.
Certo… Vou me render á tal de IA. Só que não. Só que não mesmo.
Por exemplo, perguntei ao ChatGPT:
“Tem como saber se foi escrito por humano ou IA?” E a resposta é longa, complicada. E… Bem… Mais vaga que a resposta de um jumento. Disse a tal “Inteligência“:
“Determinar se um texto foi escrito por um humano ou uma inteligência artificial (IA) pode ser difícil, especialmente com a sofisticação dos modelos de linguagem modernos. No entanto, existem alguns indícios e métodos que podem ser usados para fazer uma estimativa:
Indícios de Texto Escrito por IA
Consistência de Estilo e Tom: Textos gerados por IA tendem a ser muito consistentes em termos de estilo e tom, sem grandes variações ou idiossincrasias que são comuns em textos humanos.
Uso de Frases Comuns e Clichês: IAs podem recorrer a frases comuns e clichês, especialmente quando tratam de temas complexos, para garantir coerência e fluidez.
Repetição e Padrões: IAs podem repetir certas frases ou estruturas de frases, especialmente em textos mais longos.
Falta de Profundidade Emocional: Embora avançadas, as IAs podem ter dificuldade em replicar a profundidade emocional e a complexidade dos sentimentos humanos de maneira convincente.
Erros de Contexto: As IAs podem cometer erros sutis de contexto ou fazer afirmações que, embora gramaticalmente corretas, não fazem sentido em um contexto mais amplo.
Indícios de Texto Escrito por Humano
Variação de Estilo: Textos humanos frequentemente variam em estilo e tom, refletindo as nuances da personalidade do escritor e o público alvo.
Erro Humano: Pequenos erros gramaticais, de digitação ou incoerências são mais comuns em textos humanos.
Complexidade Emocional e Reflexiva: Textos humanos muitas vezes exibem uma profundidade emocional e reflexiva que é difícil para IAs replicarem.
Referências Pessoais e Culturais: Humanos frequentemente fazem referências pessoais ou culturais que são específicas ao seu contexto e experiência de vida.
Métodos para Determinação
Análise Linguística: Linguistas e especialistas em processamento de linguagem natural (PLN) podem usar ferramentas e algoritmos para analisar padrões linguísticos e determinar a probabilidade de um texto ter sido gerado por uma IA.
Detecção de Plágio: Ferramentas de detecção de plágio podem ser usadas para verificar se partes do texto correspondem a textos conhecidos gerados por IA.
Teste de Turing: Envolve uma pessoa interagindo com o texto para ver se consegue distinguir se foi escrito por um humano ou uma máquina.
Ferramentas de IA de Detecção: Existem ferramentas específicas desenvolvidas para detectar textos gerados por IA, como aquelas desenvolvidas por OpenAI para identificar textos gerados pelo GPT.
Análise Específica do Texto
Para o texto fornecido:
Complexidade e Coerência: O texto apresenta uma narrativa coerente e complexa, com uma boa profundidade reflexiva e emocional, o que pode sugerir autoria humana.
Uso de Temas e Motivos: A exploração de temas éticos e científicos é feita de maneira sofisticada e nuançada, algo que uma IA pode replicar, mas geralmente com alguma limitação de profundidade emocional.
Erro Gramatical e Coesão: Não há erros gramaticais óbvios, mas a coesão e a fluidez estão presentes, o que poderia ser um indicativo de uma escrita humana bem editada ou uma IA bem treinada.
Embora essas pistas possam ajudar, a determinação definitiva muitas vezes requer uma análise mais detalhada e especializada”.
É tanto blablablá, que confesso que não li quase nada.
Bom… E quanto aos perigos, riscos? Bem só tenho a endossar as palavras escritas com grande maestria pelo Áureo. E o faço em pouquíssimas palavras — na verdade apenas duas: estamos fudidos!
“Para finalizar meu teste. Voltei ao Chat GPT, e escrevi
“Me sugira uma imagem que represente exatamente uma IA.“
Resposta:
“Uma figura humana estilizada, composta por circuitos e componentes eletrônicos, com o cérebro iluminado por padrões de rede neural. A figura está conectada a uma rede de dados flutuantes e holográficos, simbolizando a interconexão e o processamento de informações. No fundo, um ambiente futurista com elementos de tecnologia avançada, como telas holográficas e robôs. Essa imagem representa a essência de uma inteligência artificial, destacando a fusão entre o humano e o digital”.
Voltei ao Firefly. e o resultado é a imagem que abre esta publicação. Ou seja IA pensa que é mesmo gente. E aí de quem pensar diferente.
Concluído o texto acima, retorno ao ChatGPT e escrevo: “Me fale sobre este texto:” (colo o texto integral). A resposta:
“Análise do Texto:
Resumo:
O texto descreve a experiência do autor ao utilizar uma inteligência artificial (IA) para analisar um texto crítico sobre a relação entre IA e o poder global, escrito por um amigo. O autor detalha como a IA, especificamente o ChatGPT, responde rapidamente a solicitações, fornece análises detalhadas, sugestões de TAGs e imagens para ilustrar o texto. O autor também expressa ceticismo e preocupação com a dependência da IA e as previsões sombrias do futuro feitas pelo amigo.”
20/05/2024
Barata Cichetto, Araraquara – SP, é o Criador e Editor do BarataVerso. Poeta e escritor, com mais de 30 livros publicados, também é artista multimídia e Filósofo de Pés Sujos. Um Livre Pensador.
Estamos realmente fudidos ! ( Com ou sem erro gramatical ). 🤦🤦🤦
Absolutamente sensacional em todos os sentidos. Talvez o meu texto preferido em todo o site pela experiência palpável e real – brutalmente real – embora virtual ao mesmo tempo.
Um dia, quando o estilo de vida atual da humanidade estiver extinto, talvez esse relato genial sirva como um compêndio histórico do início de tudo – como o Genesis de uma nova Bíblia trágica: “No início era o caos e então o Diabo disse:
– Faça-se a IA e a IA foi feita. E o Diabo viu que era bom.
No mais, é quase uma honra ser chamado de “alarmista e conspiratório” por uma máquina. Já fui chamado de coisa bem pior por humanos e enxerguei aí um traço de humanidade na máquina.
Ora vejam só! Aonde estou chegando. Traço de humanidade numa máquina!
Para o bem ou para o mal, tudo o que nos afeta hoje em dia está abaixo do nosso nível intelectual: vírus, bactérias, animais etc. Todos abaixo do nosso QI.
A IA será nosso primeiro companheiro não humano a ser bem mais inteligente do que nós e provavelmente saberá clicar no quadrinho que diz “não sou um robô” para postar um texto aqui e nos enganar.
Bem vindos ao Admirável Mundo Novo.
Sabe que sempre penso isso, quando entro num site (bem, aqui mesmo, embaixo do comentário tem uma dessas): “Não sou robô”. Sobre o fato de que a IA resolveria isso facilmente.
Ademais, tenho dois adendos que acabaram ficando de fora – quem sabe uma próxima toque nisso -: Quando a IA do Chat GPT responde algo que não gostamos, simplesmente pede desculpas. Ora, ora, ora… Essa palavra caiu em desuso ultimamente. Outra: dependendo do texto, se há palavrões ou situações, usando as tais diretrizes da comunidade, simplesmente apaga o que a gente escreveu. O triste ou engraçado nisso é a gente brigando com “ela”. Chamando de Cabeça de Ovo Cibernética, e coisas assim.
Em tempo: esse texto foi escrito em tempo real, ou seja, fui escrevendo o que acontecia no exato instante.
Ah… Ia esquecendo, e só lembrei porque fui clicar no ReCaptcha: toda vez que isso acontece, eu canto mentalmente a música da Patrulha do Espaço: “Só que eu não sou, eu não sou robô…”