Como vê, vivo a vida de forma restritiva, meu mundo, sem você torna-se pequeno, por isso, eu o vivo de forma restritiva numa mistura de remédio e de veneno; como vê, o meu poema não exprime o presente, decanta do passado o sentimento e reflete com paixão, tudo que sente, porque nasce como espelho de outro tempo; Ah! Mas a parte melhor é mais bonita, sem censura, sem o rigor do horário, faz mais amplo, o meu mundo imaginário; nele torna-se tangível o abstrato, há o doce encanto no que penso e no que faço e assim vivo, com esplendor, o meu desejo, pois a boca proibida que eu beijo, é da estrela que está a poucos passos, basta que eu garimpe as emoções, como quem busca ouro sob o lenho, pra sentir a doce sensação, de ser dono de tudo que eu não tenho; agora à noite enche-se de insetos luminosos, enfeitando a escuridão, assim como eu, com você nos pensamentos, tentando afastar a solidão, são mil lembranças boas provocando a minha inspiração: são as curvas harmoniosas do seu corpo, num fogo que incendeia e se propaga em meus sentidos; ah! Amor quero você com toda sua musicalidade, neste seu jeito de ser mulher, de ser uma fêmea de verdade… Cheia de suspiros quebrando o silêncio sequer, infinitamente, falando não sei o que, por certo os seus sentem vontade de mim e os meus… Uma vontade louca de você…
Do Livro:
Amo a Mulher Que Nunca Tive
A. Ibrahim Khouri
Editora BarataVerso
Crônicas Poéticas
2024
60 Páginas
14 X 21 X 1 cm