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Blues da Morte (Poesia Musicada)

Eu escutei milhares de discos de Rock, infinidade de poemas lidos
Mas não tenho autógrafo de artistas e não gosto de seus apelidos
Nunca telefonei ao teatro, escrevo poesias e não gosto de poetas
Sou a morte e não gosto dos mortos, amo as putas e os profetas.

Transei com putas e anjos e não acredito em Céu nem em Inferno
Agora ao tocar o telefone imagino o quanto é mortal o meu eterno
Sofro de uma metamorfose ambígua, barata em um ser monstruoso
Durmo bêbado de cerveja e gim-tônica num fim da noite desastroso.

A morte em ritmo de Blues, canos de armas, doença ou atropelamento
Um Rock com guitarra distorcida e um baixo ensandecido num lamento
A cantora de Jazz num ritual macabro corta os pulsos com uma navalha
E o som do sangue que borbulha é trilha sonora de uma balada canalha.

Putas abrem suas bolsas, retiram o batom e pintam os grandes lábios
Chupam o pau do mendigo e dedicam seu desejo aos grandes sábios
Jamais eu morreria antes de Lennon, Barret, Jones, Morrison e Seixas
Porque meu é o caminho da resistência, da persistência e das queixas.

10/12/2009

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Vinnie Blues
Vinnie Blues
05/02/2025 23:59

Viva o Blues da Morte ! Do caralho, Barata ! 👏👏👏👏👏👏🎸🎸🎸🎸🎸🎸😎😎😎😎

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