Na neblina do crepúsculo, onde a escuridão ainda pairava como uma melodia esquecida, comecei a desembaraçar os fios entrelaçados da natureza humana. Como um mosquito atraído pela chama da curiosidade, foi impossível resistir às palavras sussurradas que envolviam as ruas da cidade.
O ar estava pesado com segredos, abatido pelo silêncio opaco entre desconhecidos como teias de aranha. Era como se a própria realidade tivesse sido rasgada, revelando as manobras ocultas que governam nossas vidas.
Como um cenário onírico surrealista, o mundo ao meu redor desvaneceu-se em um caleidoscópio de pensamentos fragmentados e sussurros esquecidos. Faces flutuavam no éter, suas feições obscurecidas pela cortina do anônimo, fantasmas que caçam as margens do inconsciente coletivo.
Andei pela cidade em ruas labirínticas, meus passos ecoando nas paredes enquanto perseguia os fios fugidios da verdade. Os edifícios pareciam pairar sobre mim como sentinelas, suas fachadas de pedra testemunhando os sussurros que filtravam das fissuras e cravos.
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(Assista Ao Vídeo Antes de Ler o Conto)
A Crônica do vídeo é um preâmbulo, uma introdução. Complete sua experiência lendo o Conto que dela se originou, a complementa e, ao mesmo tempo, é complementado por ela. Esta é a proposta do Conversas Af.IA.das. Esta é a proposta do Barataverso!
No meio da noite, quando as estrelas brilhavam como joias em um céu sem nuvens, eu estava sonhando. E não era apenas um sonho comum, mas sim uma jornada à profundidade do meu subconsciente.
Fui levado por um rio de luz que fluía através da minha alma, e descobri-me flutuando sobre as águas como se fosse uma flor de lótus. As estrelas brilhavam acima de mim, suas vozes sussurrando segredos ao meu ouvido.
Ela era uma Estrela, e suas palavras eram como um vento que soprava sobre as ruínas de uma cidade quebrada. “Desobedece às autoridades”, ela me disse. “Rompe os laços que te prendem”. E senti-me libertado, como se os cordões que me atavam ao mundo fossem se desmanchando.
Ela me levou a um jardim de sonhos, onde flores de cores espetaculares floresciam sobre as ruínas de uma cidade abandonada. E eu senti-me como um viajante em um país estranho, sem mapa e sem destino certo.
Mas ela estava lá, me guiando através do jardim, mostrando-me os segredos da natureza. Ela era a Estrela da Liberdade, e sua luz iluminava o caminho para uma realidade mais profunda.
Então eu me vi em uma praia deserta, com as ondas do mar batendo contra as rochas. Ela estava lá, me esperando na areia branca. E disse: “A liberdade é um sonho que precisa ser construído”. E senti-me como se fosse o próprio arquiteto da minha vida.
Ao amanhecer, me vi de volta à realidade, com a memória do sonho ainda fresca em mente. Senti que algo havia mudado em mim, como se os cordões que me atavam ao mundo tivessem sido cortados.
A cidade estava silenciosa e abandonada, mas senti uma energia pulsar nas ruínas. As estrelas brilhavam ainda mais intensamente do que antes, e senti que elas me chamavam para seguir adiante.
Descobri que a cidade era um laboratório de sonhos, onde as pessoas criavam seus próprios mundos e realidades. Senti-me como um dos habitantes desse lugar, com minha própria história e meu próprio destino.
A Estrela estava lá, guiando-me por ruas sinuosas e jardins surreais. Me mostrou as mais belas obras de arte que eu já havia visto, todas elas criadas pelo poder da imaginação.
Me vi diante de uma grande porta, com um anúncio escrito em letras de fogo: “A Cidade das Estrelas é aberta para todos os sonhadores”.
Senti que era o momento certo para entrar nesse mundo mágico e criar meu próprio destino.
Com a porta aberta, eu entrei na Cidade, onde as estrelas brilhavam como guias para meu caminho. Senti que era o início de uma nova jornada, cheia de sonhos e possibilidades.
A Estrela me saudou com um sorriso, dizendo: “Aqui, as estrelas são os seus próprios limites”. Senti-me libertado, como se tivesse encontrado meu próprio caminho.
Com a Cidade ao meu redor, me sentei na minha própria realidade, onde a imaginação é o único limite. Sinto que é aqui que eu vou encontrar minha verdadeira liberdade.
Renato Pittas, Rio de Janeiro, RJ, é artista plástico, poeta, escritor e Livre Pensador. Autor de Tagarelices: Conversas Fiadas Com as IAs.