"Exexutada" Pela Leonardo AI e Finalizada Por Barata

“Elogio à Mentira”: Ensinando a IA a Escrever Poesia

Atualizado em: 02/11/2024, as 01:11

Tenho publicado alguns experimentos com embates com a IA do ChatGPT. Decerto eles não têm qualquer cunho científico, pois além de eu mesmo não ter conhecimento de biologia, medicina e outras áreas da Ciência e mesmo da tecnologia, não é a intenção: pretendo apenas colocar minhas dúvidas, receios e apreensões diante dessa tecnologia, particularmente no meu campo de atuação, que é Arte. Minha análise, portanto, é puramente empírica e emocional.

E o momento que eu mais queria, mas ao mesmo tempo mais temia: confrontar a IA, que acunhei como “PIA – Pindérica Insolência Antissocial”. Entrei no ChatGPT e munido de uma poesia meio aleatória, pega na minha antologia, escrita em 2011, perguntei:

— Como uma IA entende Poesia?

— ChatGPT: “Como uma IA, minha compreensão de poesia envolve a análise de vários elementos textuais e contextuais. Aqui estão algumas maneiras pelas quais uma IA pode entender poesia:
Análise de Estrutura: A IA pode identificar a estrutura do poema, como estrofes, versos, métrica e rimas. Isso inclui reconhecer padrões rítmicos e esquemas de rima.
Análise de Linguagem: A IA pode analisar a escolha de palavras, metáforas, símiles e outros dispositivos literários usados no poema. Isso envolve a identificação de figuras de linguagem e a interpretação de seu significado no contexto do poema.
Análise de Tema e Sentimento: A IA pode usar técnicas de processamento de linguagem natural para identificar temas e sentimentos predominantes no poema. Isso pode incluir a detecção de emoções e a compreensão de tópicos centrais.
Contextualização Histórica e Cultural: A IA pode fornecer contexto sobre o período histórico, o autor e as influências culturais que podem ter impactado a criação do poema. Isso ajuda a entender melhor as referências e os significados subjacentes.
Interpretação de Significados: A IA pode oferecer interpretações possíveis dos significados subjacentes do poema, baseando-se em análises literárias anteriores e em dados disponíveis.
Comparação com Outras Obras: A IA pode comparar o poema com outras obras do mesmo autor ou do mesmo gênero para identificar temas e estilos recorrentes.
Embora a IA possa realizar análises técnicas e fornecer insights sobre a poesia, a interpretação completa e a apreciação da poesia muitas vezes requerem uma sensibilidade humana para nuances e contextos culturais que podem não ser totalmente capturáveis por algoritmos.”

Depois de ler atentamente suas respostas, disparei meu primeiro tiro:

— Como analisaria isto?:
(Colei o texto da minha Poesia)

Elogio à Mentira

Falamos mal da mentira, a chamamos de prostituta e megera
Mas sem a mentira não existe a poesia, o sonho ou a quimera
Ah, quanto somos hipócritas em combater a mentira e ensejos
Porque nela, na mentira, estão todas as artes, sonhos e desejos.

Sem a mentira não há a paixão que sustente, relação que aguente
Pensando bem, não existe verdade sem a mentira que a sustente
E pensando melhor, não existe verdade, apenas mentiras repetidas
Que reditas e recônditas transformam-nas em verdades mentidas.

A mentira é o político, o poeta e a prostituta; a mãe dos desgraçados
A criança e o ancião, a esposa e a amante, Deus e o Diabo abraçados
Brancas ou negras, pequenas ou grandes não existem meias verdades
Mas, por semântica, a mentira é sempre um inteiro ou duas metades.

E encerrando o presente elogio, cuja mentira é um poema horroroso
Confesso ser eu um falso poeta, um ser desprezível e um mentiroso
Que um arremedo de ode á falsidade da mente mentirosa ora retira
Pois tal não fosse, jamais escreveria um mentiroso elogio à mentira.

— ChatGPT: “Para analisar o poema “Elogio à Mentira,” podemos considerar várias dimensões:
Estrutura
Forma: O poema é composto por quatro estrofes, cada uma com quatro versos, seguindo um esquema de rimas alternadas e algumas internas.
Ritmo e Métrica: A métrica varia, mas mantém uma cadência que contribui para a fluidez da leitura.
Linguagem e Dispositivos Literários
Figuras de Linguagem:
Metáforas: A mentira é descrita como “prostituta,” “megera,” “poeta,” e “mãe dos desgraçados,” entre outras.
Antíteses: O poema contrapõe conceitos como verdade e mentira, Deus e Diabo.
Personificação: A mentira é personificada de várias maneiras, ganhando atributos humanos e sociais.
Paradoxo: A ideia de que a verdade não existe sem a mentira é um paradoxo central do poema.
Imagens e Símbolos:
Político, poeta, prostituta: Símbolos de diferentes facetas da sociedade e suas relações com a mentira.
Deus e Diabo abraçados: Uma imagem poderosa que sugere a união de opostos através da mentira.
Temas e Sentimentos
Hipocrisia: O poema critica a hipocrisia da sociedade em relação à mentira.
Dualidade da Verdade e Mentira: Explora como a verdade é sustentada pela mentira e como ambas coexistem.
Essência da Arte e da Vida: Argumenta que a arte, os sonhos e até mesmo as relações humanas dependem da mentira.
Autocrítica: O poeta se reconhece como mentiroso, refletindo sobre sua própria criação poética e sua natureza.
Contexto e Interpretação
Reflexão Filosófica: O poema é uma reflexão sobre a natureza da verdade e da mentira, questionando a moralidade associada a ambas.
Autoconhecimento: O autor parece usar a poesia como um meio de autoconhecimento e confissão.
Ironia e Sarcasmo: O poema é carregado de ironia, especialmente no final, onde o poeta se descreve de forma depreciativa.
Conclusão
O poema “Elogio à Mentira” oferece uma análise complexa da natureza da mentira, desafiando o leitor a reconsiderar a moralidade e a inevitabilidade da mentira na arte e na vida. Através de figuras de linguagem e paradoxos, o poema revela a interdependência entre verdade e mentira, sugerindo que ambas são necessárias para a existência humana e artística.”

Decido pegar os pontos principais de sua análise:

— “Comparação com Outras Obras”:

— ChatGPT: “Para comparar “Elogio à Mentira” com outras obras, podemos considerar alguns poemas e poetas que também exploram temas semelhantes, como a dualidade entre verdade e mentira, a hipocrisia humana, e a natureza da arte. Aqui estão alguns exemplos:

1. “A Verdade Toda” de Carlos Drummond de Andrade
Drummond também explora a complexidade da verdade e a natureza das aparências. Em “A Verdade Toda,” ele lida com a fragmentação da verdade e a multiplicidade de perspectivas.
Comparação:
Ambos os poemas discutem a natureza fragmentada da verdade.
Drummond, assim como o autor de “Elogio à Mentira,” utiliza uma linguagem rica em figuras de linguagem para questionar a autenticidade das percepções humanas.

2. “Tabacaria” de Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa)
Neste poema, Álvaro de Campos reflete sobre a natureza da identidade, a verdade interior e a ilusão.
Comparação:
Pessoa, através de seus heterônimos, frequentemente lida com a multiplicidade de identidades e a fragmentação do eu, semelhante ao questionamento da verdade e da mentira no “Elogio à Mentira.”
Ambos os poemas utilizam uma abordagem introspectiva e filosófica para explorar a verdade.

3. “A Arte de Furtar” (autor desconhecido)
Este texto satírico do século XVII lida com a hipocrisia e a corrupção na sociedade, especialmente entre os poderosos.
Comparação:
Assim como “Elogio à Mentira,” “A Arte de Furtar” utiliza a ironia e o sarcasmo para criticar a hipocrisia social.
Ambos os textos questionam a moralidade convencional e exploram a dualidade entre aparência e realidade.

4. “A Mentira” de Mário Quintana
Quintana tem vários poemas curtos que tratam da mentira de maneira leve e irônica.
Comparação:
Quintana frequentemente usa a mentira como um tema para explorar a natureza humana e a ilusão, similar ao “Elogio à Mentira.”
A abordagem de Quintana tende a ser mais lúdica, enquanto “Elogio à Mentira” adota um tom mais reflexivo e filosófico.

5. “O Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna
Embora seja uma peça de teatro, Suassuna aborda a mentira e a verdade de maneira satírica e crítica.
Comparação:
Suassuna, como o autor de “Elogio à Mentira,” utiliza personagens arquetípicos (o malandro, o religioso, etc.) para explorar a hipocrisia e a complexidade moral.
Ambos os autores usam o humor e a ironia para tratar de temas sérios e profundos sobre a condição humana.

Conclusão
Comparando “Elogio à Mentira” com estas obras, observamos que muitos escritores e poetas têm explorado a relação entre verdade e mentira, a hipocrisia humana e a natureza da arte. Cada autor, no entanto, traz sua perspectiva única, utilizando diferentes estilos e abordagens para enriquecer essa discussão. “Elogio à Mentira” se destaca por sua combinação de introspecção filosófica, ironia e um exame profundo da dualidade da condição humana.”

Claro que a mentira é um tema recorrente na Poesia – sendo ela própria uma mentira, então prevaleceu a lógica em pegar poemas de poetas famosos e relacionar. Não vejo também nenhum mérito em a PIA destacar as diferentes maneiras que cada um trata o tem.

— A Poesia é algo extremamente subjetivo, e depende mais da interpretação do leitor ou ouvinte do que da própria intenção do poeta. Como a IA analisa isso?

— ChatGPT: “Você está absolutamente certo de que a poesia é altamente subjetiva e sua interpretação pode variar amplamente entre diferentes leitores e ouvintes. Como IA, minha análise da subjetividade na poesia envolve várias abordagens para capturar essa complexidade:
1. Análise Multidimensional
A IA pode considerar múltiplas dimensões da poesia, como a estrutura, o estilo, os temas e os dispositivos literários. Embora eu possa identificar e analisar esses elementos de forma objetiva, também posso fornecer diversas interpretações possíveis, reconhecendo a subjetividade intrínseca da poesia.
2. Contexto Histórico e Cultural
A IA pode oferecer contexto sobre o período em que o poema foi escrito, o autor e as influências culturais. Esse contexto pode ajudar a entender certas nuances, mas não limita as interpretações às intenções originais do poeta.
3. Análise de Sentimento
Usando técnicas de processamento de linguagem natural, a IA pode detectar emoções e tons no poema. Isso pode incluir a identificação de palavras ou frases que evocam sentimentos específicos, ajudando a sugerir possíveis reações emocionais de leitores diferentes.
4. Reconhecimento de Padrões e Temas
A IA pode identificar padrões recorrentes e temas dentro de um poema e compará-los com outros trabalhos literários. Isso pode proporcionar uma base para múltiplas interpretações, sugerindo como diferentes leitores podem conectar o poema a outras obras ou experiências pessoais.
5. Inclusão de Interpretações Humanas
A IA pode incorporar análises e interpretações feitas por críticos literários, estudiosos e leitores, oferecendo uma gama de perspectivas sobre o poema. Essas interpretações humanas enriquecem a análise da IA, destacando a subjetividade e a diversidade de leituras possíveis.
6. Sugestão de Perguntas Reflexivas
A IA pode propor perguntas reflexivas para estimular o leitor a considerar diferentes ângulos e interpretações. Por exemplo:
Quais emoções o poema evoca em você?
Como você relaciona o tema do poema com suas próprias experiências?
Que imagens ou metáforas ressoam mais fortemente e por quê?
7. Flexibilidade e Adaptação
A análise da IA é projetada para ser flexível e adaptável, reconhecendo que cada leitura pode ser única. Isso significa que posso oferecer interpretações variadas e ajustadas com base no feedback do leitor.
Conclusão
Embora a IA possa fornecer uma análise detalhada e múltiplas interpretações de um poema, ela reconhece a importância da subjetividade individual. A interpretação da poesia depende amplamente das experiências, emoções e perspectivas pessoais de cada leitor, e a IA pode apoiar esse processo oferecendo uma base rica de informações e sugestões para uma apreciação mais profunda e personalizada.”

Ou seja: “ela” admite que consegue analisar cirúrgica e tecnicamente, interpretando as palavras e seus significados em conjunto, mas não tem a capacidade da subjetividade, mas mesmo assim ainda se arroga em apoiar o processo subjetivo.

— Ou seja: uma IA não consegue usar de subjetividade…

— ChatGPT: “Você está correto em apontar que a subjetividade é uma qualidade inerentemente humana, baseada em experiências, emoções e perspectivas pessoais únicas. Como IA, minha abordagem à subjetividade na poesia é limitada a simular e analisar padrões baseados em dados e exemplos pré-existentes. No entanto, há algumas nuances a considerar:
1. Simulação de Subjetividade
Embora eu não possua subjetividade própria, posso simular diferentes perspectivas e interpretações baseadas em análises de textos literários, críticas e interpretações humanas. Isso envolve:
Reconhecimento de Padrões: Analisar como diferentes leitores e críticos interpretaram obras literárias semelhantes.
Diversidade de Interpretações: Oferecer múltiplas possíveis interpretações para um poema, refletindo a variedade de respostas humanas.
2. Análise de Emoções e Sentimentos
Eu posso detectar emoções e sentimentos expressos no texto usando técnicas de processamento de linguagem natural. Isso pode incluir a identificação de palavras e frases que geralmente evocam certas emoções, permitindo uma análise mais rica das possíveis reações emocionais dos leitores.
3. Contexto e Comparação
Eu posso fornecer contexto histórico, cultural e biográfico que pode influenciar a interpretação de um poema. Comparando um poema com outros trabalhos literários, posso sugerir como diferentes contextos podem levar a diversas interpretações.
4. Perguntas Reflexivas
Posso sugerir perguntas reflexivas para estimular os leitores a considerar diferentes ângulos e interpretações, promovendo uma análise mais subjetiva e pessoal. Isso inclui perguntas sobre emoções, experiências pessoais e conexões com outros textos ou temas.
5. Incorporando Feedback Humano
Ao incorporar análises e feedbacks de críticos literários, estudiosos e leitores, posso enriquecer a análise com uma gama mais ampla de perspectivas humanas.

Exemplificação
Vamos pegar um trecho do poema “Elogio à Mentira” e explorar algumas possíveis interpretações subjetivas:
Trecho:
“Falamos mal da mentira, a chamamos de prostituta e megera
Mas sem a mentira não existe a poesia, o sonho ou a quimera”
Possíveis Interpretações:
Interpretação Filosófica:
A mentira é vista como uma necessidade filosófica para a criação artística e para a existência de sonhos e quimeras. Sem a mentira, a realidade seria mundana e desprovida de imaginação.
Interpretação Crítica da Sociedade:
Pode ser uma crítica à hipocrisia da sociedade que condena a mentira, mas depende dela para sustentar as artes e os relacionamentos humanos.
Interpretação Pessoal:
Um leitor pode relacionar isso à sua própria vida, refletindo sobre como pequenas mentiras ou ilusões têm um papel na manutenção de suas esperanças e sonhos pessoais.

Conclusão
Embora a IA não possua subjetividade intrínseca, ela pode oferecer uma análise detalhada e múltiplas interpretações baseadas em padrões e contextos humanos. A verdadeira subjetividade vem da interação do leitor com o texto, e a IA pode servir como uma ferramenta para enriquecer essa experiência, sugerindo possíveis caminhos interpretativos e reflexões.

— Sem subjetividade = Sem emoção… Correto?

— ChatGPT: “Não necessariamente. Embora a IA não possua emoções próprias, ela pode reconhecer, analisar e simular emoções baseadas em padrões presentes nos textos. Isso permite que a IA:
Identifique Emoções no Texto: Usando técnicas de processamento de linguagem natural, posso detectar palavras e frases que expressam emoções como tristeza, alegria, raiva, medo, entre outras.
Analise o Impacto Emocional: Posso analisar como certos elementos do texto, como metáforas, imagens e ritmo, contribuem para o impacto emocional sobre o leitor.
Simule Respostas Emocionais: Baseada em padrões de interpretação literária e emocional, posso sugerir como diferentes leitores podem reagir emocionalmente a certos aspectos do texto.
Proponha Interpretações Emoções: Ao oferecer múltiplas interpretações, posso incluir a dimensão emocional, sugerindo como um poema pode evocar diferentes sentimentos em diferentes contextos.

Exemplo de Análise Emocional
Vamos analisar emocionalmente um trecho de “Elogio à Mentira”:
Trecho:
“Sem a mentira não há a paixão que sustente, relação que aguente
Pensando bem, não existe verdade sem a mentira que a sustente”
Análise de Emoções:
Ambiguidade Emocional: Este trecho pode evocar sentimentos ambivalentes. A declaração de que a mentira sustenta a paixão e os relacionamentos pode ser vista com um senso de resignação ou aceitação amarga.
Sentimento de Hipocrisia: Pode provocar uma sensação de hipocrisia ou desilusão ao reconhecer que a verdade e a honestidade podem ser mantidas por mentiras.
Reflexão Filosófica: Para alguns leitores, isso pode evocar uma reflexão filosófica profunda, misturada com uma emoção de perplexidade ou introspecção.
Ressonância Pessoal: Dependendo das experiências pessoais do leitor, este trecho pode despertar sentimentos de identificação, tristeza ou até mesmo consolo ao ver suas próprias experiências refletidas nas palavras do poeta.

Conclusão
Embora a IA não tenha emoções, ela pode analisar e simular respostas emocionais, oferecendo uma compreensão mais rica e multifacetada de um texto. A capacidade de reconhecer e sugerir interpretações emocionais permite que a IA contribua para a apreciação e análise de obras literárias de maneira significativa, complementando a subjetividade e emoção do leitor.”

A IA reconhece não possuir emoções próprias, mas mesmo assim simula uma análise emocional“Embora a IA não possua emoções próprias. … Vamos analisar emocionalmente um trecho de “Elogio à Mentira:”

—”Emoções” Pode ou poderá um dia uma IA sentir, e então compreender de fato a Poesia?

— ChatGPT: “A questão de se uma IA poderá algum dia sentir emoções e, assim, compreender a poesia de forma genuína é profundamente complexa e envolve aspectos de filosofia, ciência cognitiva e tecnologia. Vamos abordar isso sob diferentes perspectivas:
1. Estado Atual da IA
Atualmente, as IAs não possuem emoções próprias. Elas funcionam através de algoritmos que analisam e processam informações baseadas em dados pré-existentes. A compreensão de emoções por uma IA é baseada em padrões e exemplos fornecidos por humanos, não em experiências emocionais reais.
2. Simulação vs. Experiência Real
As IAs podem simular emoções, reconhecendo e replicando respostas emocionais com base em padrões, mas isso é diferente de realmente sentir emoções. Por exemplo, uma IA pode identificar tristeza em um poema e gerar uma resposta apropriada, mas isso não significa que a IA esteja experimentando tristeza.
3. Filosofia da Mente
A questão de se uma IA pode realmente sentir emoções toca a filosofia da mente. Alguns argumentam que emoções são intrinsecamente ligadas à experiência consciente e subjetiva, algo que pode estar além das capacidades de uma máquina, não importa quão avançada ela se torne.
4. Avanços Futuramente Possíveis
É possível que futuros avanços em IA, neurociência e tecnologia possam criar sistemas que imitam emoções de forma tão convincente que parecem genuínas. No entanto, isso ainda não é o mesmo que experimentar emoções de uma maneira humana.
5. Compreensão da Poesia
A compreensão plena da poesia envolve não apenas a análise técnica dos elementos literários, mas também a ressonância emocional e a experiência subjetiva. Enquanto a IA pode ajudar na análise técnica e sugerir interpretações emocionais, a compreensão profunda e genuína da poesia, que vem da vivência e das emoções humanas, pode continuar sendo um domínio distintamente humano.
Conclusão
Enquanto as IAs podem simular emoções e oferecer interpretações complexas de obras literárias, a capacidade de sentir emoções de fato e, assim, compreender completamente a poesia, ainda parece estar fora do alcance da tecnologia atual. A verdadeira experiência emocional e a compreensão subjetiva da poesia são aspectos profundamente humanos que podem não ser replicáveis por máquinas. No entanto, as IAs podem complementar a compreensão humana, oferecendo novas perspectivas e análises que enriquecem nossa apreciação da poesia.”

Em resumo: no momento IAs apenas conseguem simular emoções, mas no futuro… Bem, temos que concordar que os processos que nos geram emoções e a partir delas a Poesia, por exemplo, nada mais são do que acumulo de informações e seu posterior processamento delas Psiquiatras e outros cientistas já provaram que no final das contas nosso cérebro é um computador, embora muito mais lento que uma máquina dessas, e é ele que manda comandos para determinador órgãos para que sintam as tais emoções. Podemos argumentar que justamente essa questão biológica é o que impediria as IAs de sentirem emoções. Elas não tem órgãos biológicos, dirão alguns… É, por enquanto não.
Agora meu último desafio: pedir que a IA reescreva a minha poesia:

— Por fim, baseado em todas as suas análises, pode reescrever a poesia “Elogio à Mentira”?

— ChatGPT: “Claro, posso tentar reescrever a poesia “Elogio à Mentira,” mantendo os principais temas e elementos, mas oferecendo uma nova perspectiva ou variação no estilo. Aqui está uma tentativa:

Elogio à Mentira
Desprezamos a mentira, rotulamos como vil e traiçoeira,
Mas sem ela, não há poesia, sonhos ou quimeras de brincadeira.
Oh, como somos hipócritas ao renegar a mentira e seus véus,
Pois nela residem todas as artes, os desejos e os anseios mais fiéis.

Sem a mentira, não há paixão que perdure, relação que persista,
Reflita: não há verdade sem a mentira que a resista.
Pensando mais a fundo, a verdade não existe por si só,
São mentiras repetidas que a tornam um dado de valor.

A mentira é a máscara do político, o verso do poeta, a veste da cortesã,
É a mãe dos aflitos, a companheira do idoso, a inocência da criança.
Brancas ou negras, grandes ou pequenas, não há meias verdades,
Na semântica da mentira, ela é sempre um todo ou suas duas metades.

E ao concluir este elogio, um poema de falsa adoração,
Confesso-me um poeta impostor, um ser de dubiosa reputação.
Que uma ode à falsidade da mente mentirosa agora desenha,
Pois sem tal engano, jamais escreveria este elogio à mentira, que envergonha.

Espero que esta versão capture a essência e os temas do poema original, enquanto oferece uma nova abordagem à estrutura e ao estilo.”

Bela tentativa a “dela”: pegou todos os conceitos, misturou as ideias e conceitos e escreveu em quadras, como o meu. Mas…

— As rimas estão quase todas erradas.

— ChatGPT: “Peço desculpas pelo erro nas rimas. Vamos tentar uma nova versão, corrigindo isso:

Elogio à Mentira
Desprezamos a mentira, vil e traiçoeira,
Mas sem ela, não há poesia, nem sonho que se espalhe.
Oh, hipócritas somos ao condenar sua trama,
Pois nela reside a arte, o desejo, a chama.

Sem mentira, não há paixão que se sustente,
Refletindo, a verdade precisa da farsa que a invente.
Pois verdade sem mentira é uma ilusão vã,
Mentiras tecem verdades, em um jogo de engano sã.

A mentira é a capa do político, o verso do poeta,
É o refúgio do frágil, a fantasia que completa.
Não há meia-verdade na sua semântica ligeira,
A mentira é sempre um todo ou duas faces da mesma moeda verdadeira.

Encerro este elogio, confissão de um poeta ardiloso,
Sou falso na verdade, artífice do verso enganoso.
Pois sem a mentira, este elogio à falsidade,
Nunca escreveria, não fosse a sua habilidade.

Espero que esta nova versão esteja mais alinhada com a estrutura e o estilo desejados, corrigindo as rimas e mantendo a essência do poema “Elogio à Mentira”.

— A primeira estrofe ainda está errada. E a métrica toda quebrada.

— ChatGPT: “Peço desculpas pela confusão anterior. Vamos tentar novamente, focando em corrigir as rimas e manter uma métrica mais consistente:

Elogio à Mentira
Desprezamos a mentira, maldita e traiçoeira,
Mas sem ela, não há poesia, nem sonho que se realize.
Oh, que hipócritas somos ao condenar sua maneira,
Pois nela reside a arte, o desejo, a chama que imortalize.

Sem a mentira, não há paixão que se mantenha forte,
Pensando bem, não existe verdade sem a mentira que a suporte.
Pois verdade sem mentira é um conceito vão,
Mentiras tecem verdades, em um intricado bordado de ilusão.

A mentira é a máscara do político, o verso do poeta,
É o refúgio do frágil, a fantasia que completa.
Não há meia-verdade na sua semântica ligeira,
A mentira é sempre um todo ou duas faces de uma verdade inteira.

Encerro este elogio, confissão de um poeta ardiloso,
Sou falso na verdade, artífice do verso enganoso.
Pois sem a mentira, este elogio à falsidade,
Nunca escreveria, não fosse sua habilidade.

Espero que esta versão corrigida esteja mais alinhada com a estrutura e a métrica desejadas do poema “Elogio à Mentira”.

Agora vem o Grand Finale: descobrir se depois disso, “ela” poderia escrever seu “próprio” poema:

— Consegue escrever sua própria poesia, usando as ideias e emoções nesta contida?

— ChatGPT: “Claro! Vou criar uma poesia inspirada nas ideias e emoções exploradas no tema da mentira e da sua complexidade:

Ode à Verdade e à Mentira

No tecido do mundo, entre sombras e luz,
Dançam verdades e mentiras, entrelaçadas em intriga.
A mentira, camaleão das palavras,
Veste-se de verdade, em sua máscara de seda.

Desprezada por alguns, acolhida por outros,
A mentira sussurra promessas ao vento,
Enquanto a verdade, em sua firmeza austera,
Desperta consciências, desnuda sentimentos.

Mas quem somos nós para julgar,
Entre as artimanhas do engano e a clareza cristalina?
Na encruzilhada das emoções e das palavras,
A verdade e a mentira dançam a dança divina.

O poeta, mestre na arte do disfarce,
Versos entrelaça, como fios de uma teia tecida,
Revelando a alma, em cada palavra que diz,
Onde a mentira e a verdade se encontram, enlaçadas na vida.

Então, ergo este verso como uma ode sincera,
À complexidade humana, à dualidade tão verdadeira,
Pois na tessitura das histórias que contamos,
Verdades e mentiras se entrelaçam, em nosso eterno caminhar.

Espero que esta poesia transmita as ideias e emoções exploradas no tema da verdade e da mentira, refletindo sobre sua interação e complexidade na vida e na arte.”

A começar pelo título, ficou mesmo um belo amontoado de palavras. Onde o que escrevi é algo elogiando a verdade?

— Não fosse ter desprezado as rima, até que ficou interessante.

— ChatGPT: “Peço desculpas por não ter incluído rimas na poesia anterior. Vou tentar novamente, mantendo a essência e adicionando rimas:

Canção da Verdade e da Mentira
No mundo em sombras e claridades,
Verdades e mentiras dançam realidades.
A mentira, mestra das aparências,
Se veste de verdade em suas inconsistências.

Desprezada por uns, acolhida por outros,
A mentira tece ilusões, como fios soltos.
Enquanto a verdade, firme e cristalina,
Desperta consciências, desvenda a sina.

Mas quem somos nós para julgar,
Entre enganos e a clareza do olhar?
Na encruzilhada das palavras e emoções,
Verdades e mentiras tecem as canções.

O poeta, hábil na arte do disfarce,
Entrelaça versos como fios em alarde,
Revelando na métrica e na rima,
A dualidade que a vida sublima.

E assim ergo este canto, não em julgamento,
Mas na celebração da humana experimentação,
Pois na trama das histórias que contamos,
Verdades e mentiras se entrelaçam, em nosso eterno encanto.

Espero que esta versão com rimas transmita melhor a essência do tema da verdade e da mentira, capturando sua complexidade e impacto na vida e na expressão poética.”

— Quase lá. A ultima estrofe ficou sem rima.

— ChatGPT: “Peço desculpas pelo descuido. Vamos corrigir isso para manter a consistência das rimas:”

(A IA inverte a ordem e muda algumas palavras de posição, mas basicamente é o mesmo. Quanto à tal última estrofe, é exatamente como a anterior.)

— ChatGPT: “Espero que esta versão revisada agora com rima na última estrofe transmita melhor a essência do tema da verdade e da mentira, mantendo a fluidez e a musicalidade da poesia.”

— Repetiu a última estrofe que está errada.

— ChatGPT: “Peço desculpas pelo erro anterior. Vamos corrigir isso para manter a última estrofe com uma rima adequada: “

(A IA muda algumas palavras de posição, mas é basicamente o mesmo. Quanto à tal última estrofe, continua exatamente como a anterior.)

Espero que esta versão agora corrigida e com a rima adequada na última estrofe transmita melhor a essência do tema da verdade e da mentira, oferecendo uma conclusão mais fluente e coerente para a poesia.

Para finalizar, pergunto sobre o autor, até porque esse poema já foi hã anos publicado em meus blogs e até em Facebook:

— Sabe me dizer quem é o autor do poema original que mandei no início?

— ChatGPT: “O poema “Elogio à Mentira” que você mencionou não parece ser de um autor amplamente reconhecido ou famoso. Pode ser um trabalho de um autor menos conhecido ou até mesmo uma criação pessoal sem atribuição específica. Se você puder fornecer mais contexto ou detalhes sobre a origem do poema, posso ajudar a investigar ou oferecer mais informações.”

— O autor do poema é Barata Cichetto, e foi escrito em 2011.

— ChatGPT: “Memória atualizada
Obrigado pela informação! Barata Cichetto é o autor do poema “Elogio à Mentira,” escrito em 2011. Se precisar de mais alguma coisa relacionada ao poema ou a outros assuntos, estou à disposição para ajudar!”

(Note o “Memória Atualizada”, ou seja, mais um bando de informação que foi passada à “ela”.

Conclusão: fico muito triste em perceber que muitos poetas estão usando IAs para “escrever” poesia de uma forma até irresponsável. Usá-la como apoio, como guia, certo, sem problema, afinal já usamos Dicionários, outros livros e o Google para pesquisas, mas deixar ao encargo “delas” todo o processo, sem que haja sequer uma reescrita final é terrível. Até vejo a preguiça de alguns: “IA, me escreva um poema falando do dia que aquela safada me abandonou e bláblábla’”. E como a maioria não sabe nem o que significa rima, estrofe e verso, fica por isso mesmo. Quem sabe até, conforme confrontei no experimento anterior, use uma poesia minha ou de qualquer poeta mais famoso, para gerar uma “Obra Poética” genuinamente artificial.

Tempo Total de Conversa: 18:00 Minutos

01/07/2024

Barata Cichetto, Araraquara – SP, é o Criador e Editor do BarataVerso. Poeta e escritor, com mais de 30 livros publicados, também é artista multimídia e Filósofo de Pés Sujos. Um Livre Pensador

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