Este é o Último Capítulo, o Derradeiro Versículo do Meu Currículo – Freak News Nº 50

Encerro agora outro capítulo, o salmo versículo. Do meu vasto currículo. Mas estás mal ou nem linhas traçadas, que pretendiam ser engraçadas, mas pelas políticas desgraçadas se tornaram continuação de minhas metáforas vomitadas, pouco inspiradas, onde cometi plágios de mim mesmo, atirando a torto e a esmo, como bêbado vomitando torresmo e cerveja barata. Que não me mata e nem me deixa mais forte. Um dia se eu tiver sorte, olho na cara da morte e a chamo de vadia. Quem sabe um dia, eu perca a covardia, feito um toureiro com uma espada pequena e uma bandeira vermelha, que enfrenta um touro na arena bravia. Enquanto a plateia, na sua algravia, grita olé, torcendo não pelo toureiro nem pelo touro, mas pelo ouro do seu todavia. Entrego meu couro, minha pele e minha eterna iniquidade aos que por humanidade, ergueram por mim uma bandeira, e não porque eu queira, como quem não fede nem cheira, acabo sonhando na esteira, com o dia em a Terra inteira, homens e mulheres deixem de ser peixes podres no fim de uma feira, pagos com pobres bananas. E sonho, mesmo mijando na cama, com dias de glória, que ressuscitarão a humana história, que carece ainda de em si acreditar, e não em deuses de barro, ditadores de escarro, e toda sorte de podres frutos da maldade. E mesmo que isso um dia tenha acontecido, eu já terei ido. E serei o que tenho sido. Por ter ido. Lembrem da minha lapide, Fui!!! Por ter sido e por ter ido. Aquele que nasceu para ser o esquecido. E como se tudo que fez nunca houvesse acontecido. — Se, sem nenhuma pretensão, eu de fato morrer amanhã, lembrem-se de Álvares, não de mim, porque eu conheci meu próprio fim, antes do meu nascimento, e isso por si, já foi um tétrico tormento. E um poético acontecimento. Fruto de morfético sofrimento. Assim, mesmo assim, foi meu esquelético nascimento.

14/07/2024