Fôlego

Até o último fôlego, até o
último gosto dos lábios.
Se viesse invadir-me, todo o quarto no calor da noite esplêndida,
iria mais além, se me permitisse morrer sufocando minha boca na sua.
Cavalgaria a madrugada com prazer, no calor, e o sal do seu corpo
vibraria a toda sorte de carícias.
Se me permitires, bem antes que o sono te adormeça,
beijaria-te a face, bem como teus olhos negros, e toda a extensão além.
Ah! Se me permitisse, morrería ali, entre o sêmen da noite com a madrugada
resvalando-te todo
para não ter saudades dos beijos mudos.

27/10/2024 – 22:50

Mara Regina Ferreira, Codinome Literário: Causaeefeito. Rio de Janeiro – RJ. Sou escritora brasileira. Virginiana, metódica, cheia de hábitos, e fã da verdade.

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