Atualizado em 22/07/2024 as 20:57:29
Gabriel de Arruda Castro
15/06/2024 20:44
O avanço da direita nas eleições para o Parlamento Europeu na semana passada foi interpretado como um sintoma de que os eleitores estão insatisfeitos com os rumos do continente. E, de fato, algumas das principais estatísticas da Europa indicam uma trajetória de declínio.
O incêndio na Catedral de Notre-Dame, as igrejas transformadas em bares na Holanda, os vilarejos italianos oferecendo casas (em mau estado) ao custo de 1 euro, as creches vazias — ou repletas de filhos de imigrantes recém-chegados — são sintomas de uma estagnação econômica combinada com um declínio demográfico e cultural.
E esses fatores talvez não possam ser revertidos apenas com a troca das lideranças políticas.
Até uma década e meia atrás, as economias dos Estados Unidos e da Europa costumavam andar juntas: quando uma acelerava, a outra acompanhava o ritmo. Da crise de 2008 para cá, a Europa deixou de crescer. Enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) per capita americano aumentou 60% desde então, e o europeu não saiu do lugar.