Atualizado em 22/07/2024 as 21:00:26
Eli Vieira
20/06/2024 17:44
O estado americano do Kansas está processando desde a segunda-feira (17) a farmacêutica Pfizer. No entendimento do procurador-geral Kris Kobach, a empresa enganou o público a respeito de sua vacina para Covid-19 ao afirmar que o produto era “seguro e eficaz”, violando a lei de proteção ao consumidor.
A petição acusa a Pfizer de saber que sua “vacina de Covid-19 estava conectada a eventos adversos sérios, incluindo a miocardite (inflamação do coração) e pericardite (inflamação do revestimento do coração), abortos espontâneos e mortes”; e de “esconder essas informações de segurança críticas do público”.
Outras condutas enganosas da farmacêutica seriam afirmar eficácia enquanto sabia que a proteção conferida pela vacina decaía com o tempo e não protegia contra variantes da Covid-19, que impediria a transmissão (assunto que a Pfizer teria falhado em pesquisar), além de incentivar a censura nas redes sociais contra questionamentos.
Em nota para o site The Hill, a Pfizer disse que o processo “não tem mérito” e que vai responder na Justiça em breve. A farmacêutica afirmou que tem “orgulho de ter desenvolvido a vacina da Covid-19 em tempo recorde em meio a uma pandemia global e salvo inúmeras vidas”. A empresa disse que sua mensagem a respeito de sua vacina foi “precisa e baseada em ciência”.
O processo do Kansas é similar ao do procurador-geral do Texas, Ken Paxton, aberto no ano passado. Ambos os procuradores são afiliados ao Partido Republicano. Mais de 366 milhões de doses da vacina de mRNA original da Pfizer foram administradas nos Estados Unidos. A farmacêutica lucrou US$ 75 bilhões (R$ 408 bilhões na cotação atual) com as vendas do produto em dois anos de pandemia.