Atualizado em 22/07/2024 as 20:58:01
Lucas Saba e Juliet Manfrin
18/06/2024 07:49
Dois acusados de arquitetar o plano que resultaria no sequestro e possível assassinato do ex-juiz federal, ex-ministro da Justiça e atual senador pelo Paraná Sergio Moro (União Brasil) em 2022 foram assassinados nesta segunda-feira (17). A investigação aponta que os crimes ocorreram por determinação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Além de Moro, a facção tinha como alvo prioritário Lincoln Gakya, promotor do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo. Gakya foi o responsável por descobrir as informações sobre o planejamento do sequestro de Moro e repassá-las à Polícia Federal (PF), o que levou à prisão e indiciamento dos envolvidos.
O PCC protagoniza uma violenta disputa interna, que resultou em um racha que deu origem a uma nova facção criminosa, o Primeiro Comando Puro.
Os dois envolvidos no planejamento criminoso contra Moro foram presos durante a Operação Sequaz, deflagrada pela PF no início do ano passado. Eles estavam na Penitenciária de Presidente Venceslau II (SP), um dos principais redutos da facção criminosa. Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, ambos com 48 anos, foram atraídos em uma emboscada durante o banho de sol por pelo menos três criminosos ligados à “Sintonia Restrita”, considerado grupo de elite do PCC para ações de ataques, assassinatos e terrorismo.
Nefo teria sido levado até um banheiro, onde foi morto a facadas, assim como Rê, que também foi vítima de espancamento. Os responsáveis pelas mortes se entregaram aos policiais penais logo após as execuções.