Gazeta do Povo | Robby Starbuck, o Filho de Uma Refugiada Cubana Que Se Tornou o Pesadelo das Empresas Woke

Omar Godoy
27/08/2024 21:30
O chamado “ativismo de consumo” da direita americana vem ganhando novos contornos nos últimos meses. 

Em vez de apenas deixar de comprar produtos de empresas alinhadas com a filosofia woke, o público conservador está descobrindo outra forma eficiente de protesto: a exposição de marcas tradicionais que, sem fazer alarde, aderiram radicalmente à agenda esquerdista. 

Mas não se trata de uma movimentação anônima, ou liderada por um coletivo virtual sem rosto. Pelo contrário. Por trás dessa onda de manifestações, está o filho de uma refugiada cubana que rapidamente virou o pesadelo das corporações enredadas pelo politicamente correto. 

Robby Starbuck, de 35 anos, é um cineasta e influencer do Tennessee até então mais conhecido por suas participações em programas da emissora Fox News e canais do YouTube com orientação conservadora. Até que sua estratégia de revelar as iniciativas de DEI (diversidade, equidade e inclusão) desenvolvidas por grandes companhias começou a funcionar.

Tudo começa no X, onde ele “abre os trabalhos” postando uma lista com as políticas identitárias adotadas por seu alvo do momento – como cotas de contratação, treinamentos “conscientes” e patrocínios a eventos promovidos por grupos minoritários. 

Algumas delas chegam a ser bizarras, como o pedido da John Deere (gigante do ramo de maquinários agrícolas) para que seus funcionários incluíssem seus “pronomes preferidos” em todas os e-mails internos.

Após a exposição, quem entra em ação é o público, que passa a compartilhar as informações nas redes sociais e a lotar os canais de comunicação das empresas com reclamações.

A mobilização também conta com a ajuda de simpatizantes famosos, que turbinam o processo demonstrando apoio em suas contas – Elon Musk, o senador republicano Rand Paul e Chaya Raichik (criadora do perfil Libs of TikTok, especializado em divulgar o lado mais bisonho dos progressistas) fazem parte desse grupo.


Iniciada em junho, a campanha já impactou, além da John Deere, a Tractor Supply (varejista de produtos rurais), a Harley-Davidson e a Jack Daniel’s. Em todos os casos, as companhias vieram rapidamente a público anunciar a revisão ou extinção de seus programas de DEI. E, segundo analistas do mercado, outras devem se antecipar e fazer o mesmo, para evitar retaliações. 

As quatro primeiras marcas escolhidas por Starbuck têm uma característica em comum: seus executivos ignoraram o perfil historicamente conservador de seus consumidores fiéis. Não à toa, a maioria delas emitiu comunicados centrados em pedidos de desculpas ao público. 

Como a Tractor Supply, que interrompeu todas as suas iniciativas woke e apagou de seu site qualquer menção ao tema. “Ouvimos de nossos clientes que os decepcionamos. Levamos esse feedback muito a sério”, afirmou o grupo em um comunicado oficial. 

Robby Starbuck, por sua vez, garante que seu objetivo não é destruir essas empresas – e, sim, restaurar a sanidade do meio corporativo, principalmente a partir da cultura da neutralidade e de valores como a meritocracia. “Isso não é cancelamento. É capitalismo”, diz.

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