Fábio Galão
24/08/2024 18:31
Em 2022, num processo cheio de idas e vindas iniciado em abril e que só foi concluído em outubro, o bilionário americano de origem sul-africana Elon Musk comprou o Twitter, cujo nome posteriormente seria alterado para X. Dois anos depois, uma aura de incerteza paira sobre a situação financeira da rede social.
Nesta semana, o americano The Wall Street Journal publicou uma reportagem que apontou que os empréstimos somando US$ 13 bilhões que sete bancos, incluindo o Bank of America e o Morgan Stanley, concederam a Musk para ajudar na compra do então Twitter (o valor total do negócio foi de US$ 44 bilhões) foram o pior acordo de financiamento para aquisições corporativas desde a crise financeira de 2008/09, de acordo com um relatório da empresa de dados financeiros PitchBook LCD.
Bancos que emprestam dinheiro para compras de empresas geralmente tentam vender a dívida para outros investidores logo depois, mas os bancos envolvidos na compra do X não conseguiram fazer isso, segundo o WSJ, fazendo com que os empréstimos a Musk permanecessem “pendurados”, jargão para números que ficam “presos” nos balanços de instituições financeiras.
Dessa forma, alguns desses bancos tiveram que reduzir os valores dos empréstimos em centenas de milhões de dólares para passá-los adiante, apontou a reportagem, o que contribuiu para que caíssem em tabelas de classificação de bancos de investimento.