Atualizado em 22/07/2024 as 21:01:18
Angeline Tan
Traduzido por Rafael Salvi
La Nuova Bussola Quotidiana
20/06/2024 15:19
Em 20 de setembro de 2023, o líder autoritário da China, Xi Jinping, visitou a cidade de Fengqiao, na província chinesa de Zhejiang, e declarou que a China deveria “apoiar e desenvolver” a experiência de Fengqiao na nova era para “gerenciar adequadamente as contradições internas” e “resolver os problemas em nível de base”.
A “experiência de Fengqiao” alude a uma prática da Revolução Cultural Chinesa (1966-1976) na qual os cidadãos mantinham o controle e “reformavam” aqueles que eram considerados “inimigos de classe” pelo Partido Comunista Chinês (PCCh). Em Fengqiao, os quadros do PCCh mobilizaram muitos para “reformar elementos reacionários”. De acordo com a CCTV, o órgão de notícias do PCCh, e conforme relatado pela Radio Free Asia (RFA), o ano de 2023 marca seis décadas desde que o ditador comunista Mao Zedong tentou impor a “experiência de Fengqiao” em toda a China.
De acordo com o mesmo serviço da RFA, Xi abordou pela primeira vez a “experiência de Fengqiao” em 2013, alegando que os quadros do PCCh em Fengqiao introduziram a prática de “confiar no povo para resolver conflitos no local”. O líder chinês continuou pedindo que os quadros aplicassem “o pensamento e os métodos do Estado de Direito” ao lidar com questões que afetam os “interesses vitais das massas”.
A Radio Free Asia citou então o acadêmico chinês no exílio Chen Pokong, que observou que a reintrodução por Xi da prática da “experiência Fengqiao” indica que Xi enfrenta muita resistência dentro do PCCh e que ele está tentando consolidar seu controle sobre o governo e mobilizar pessoas para resistir aos seus oponentes políticos dentro do partido.