Gabriel de Arruda Castro
27/08/2024 12:21
O CEO da Meta (antigo Facebook), Mark Zuckerberg, confessou ter censurado conteúdo por pressão do governo Biden.
A admissão foi feita em uma carta enviada por ele nesta segunda-feira (26) ao Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
O órgão tem investigado a supressão indevida de conteúdo nas plataformas sociais.
Zuckerberg relatou que as políticas de conteúdo do Facebook durante a pandemia foram alteradas para atender à Casa Branca. O material banido incluía publicações meramente humorísticas.
“Em 2021, altos funcionários do governo Biden, incluindo a Casa Branca, pressionaram repetidamente nossas equipes, por meses, para censurar certos conteúdos sobre a COVID-19, incluindo humor e sátira, e expressaram muita frustração com nossas equipes quando não aceitamos”, ele escreveu.
Zuckerberg admite que sua empresa que cedeu à pressão. “Em última análise, era nossa decisão retirar ou não o conteúdo, e assumimos nossas decisões, incluindo as mudanças relacionadas à COVID-19 que fizemos em nossa aplicação das regras após essa pressão.”
Na carta, o dono da Meta expressou o seu arrependimento. “Eu acredito que a pressão do governo foi errada, e eu me arrependo que nós não tenhamos sidos mais explícitos sobre isso. Eu também penso que nós fizemos algumas escolhas que, olhando em retrospectiva e com novas informações, nós não faríamos hoje”.
Além do Facebook, a Meta é dona do Instagram e do Whatsapp.
Durante a pandemia, o governo americano atuou para que as plataformas de redes sociais removessem publicações tidas como enganosas ou falsas, inclusive as que promoviam tratamentos alternativos para a Covid-19.
Em se tratando de uma empresa do porte da Meta, é até natural que ela possua uma certa visão de futuro, antecipando-se a uma (cada vez mais privável) mudança de ventos na política norte-americana, o que, obviamente terá reflexos no mundo inteiro.
No fundo, no fundo, Zuckerman está aproveitando o momento para proteger seus negócios de um possível ajuste de contas, caso Donald Trump retorne à Casa Branca.