Há de se ter sorte no caminho
Nem sempre os pés ficarão protegidos
A pele é frágil, sangra, queima, arde,
Toda a ferida sabe causar exatamente a sua dor.
Que se leve uma alma inteira
Um andar coberto de imensidão.
Além dos ossos de um fim.
Que sejam incontáveis as primaveras
Mesmo sobre os rigores do vento.
São as folhas que dançam no chão.
Há de se ter bons olhos para apreciar a estação.
Eu que já brinquei de bonecas,
Escolhi o número preferido da amarelinha
Nem o céu ou o inferno me cabem,
Ambos estão longe da minha estrada.
Nos resta tão somente seguir
Saber das estrelas anãs
Em noite de ver lua.
A felicidade é confeito colorido
do sabor que se escolher.
Todo o dia, em todo o sempre,
Se faz as horas da semeadura.