Amo a Mulher Que Nunca Tive – 04

…Ah, um dia terminará a vontade não satisfeita, e a felicidade… Este lugar que fica longe… Esta distância, atenta observadora e quando eu vencê-la e o amor ficar por perto, o coração vai bater forte em razão da vontade de você, veremos que o tempo, foi o tempero indispensável para o nossa tão sublime ato, essência para viver e perceber o encanto do tato e sentiremos como é espontânea a vontade neste delicioso contato, onde há no silêncio, mil palavras na linguagem muda do afago. Nossas mãos fazendo juras caladas, agora o sentimento é maior, eu amante, procurando a amada, para conhecê-la de cor, seus mistérios, suas curvas, o vale, o corpo singelo, os pingos doce de uva, nos seios redondos e belos. E se um dia, os tropeços da vida, fizerem de nós, Você e Eu, e chegar a despedida, a tristeza de um adeus, você sempre existirá no silêncio, na saudade que não termina, será a mulher acariciada… Os raios de um sol brilhante e os pingos da chuva fina, e que serei eu, em sua lembrança? A emoção de um amor primeiro? Um ponto verde de esperança? Poeta, bruxo? Feiticeiro?… Ah, feliz daquele que encontra um pedaço lindo deste sentimento, este ponto verde de esperança, para captar-se a vida com mais ardor, é coisa pura em água mansa, é assim o meu amor, mas já não pinto meu amor, com mil cores, nem com zelo, já não cuido tanto dele, perdi o medo de perdê-lo, aí perde a graça o instante, fica sem vida o momento, pois só habita o meu corpo, se cuidar meu pensamento; meu amor é como planta, bebe sonho, fantasia, mata a sede, me levanta, me sacode, é água fria, é um sentimento intermitente, ora fraco, ora forte, trás tristeza e alegria, é meu azar e minha sorte, meu amor sofre a influência de um passado seu futuro, como riacho de água pura, que se esconde no escuro, já sofreu tantas mudanças, morre e logo principia, sente falta de espaço, e o rigor do dia a dia… É, meu amor virou quimera… É quimera sem as cores… Meu amor é primavera… Primavera sem as flores…