Atualizado em: 21/08/2024, as 12:08
Venha! Não vamos compactuar desta desgraça, não nos misturemos à maldita fumaça, da ambição, do desamor, nas falsas metas. Fecharam todos os acessos, os maus “gestores” não querem o avanço, levam o País e os trabalhadores, à fome, ao Retrocesso, querem que andemos pelo seu caminho, cresceu mato na estrada certa. O que será desta e da nova geração? Não sei…
Estamos na mais profunda decadência… E de que vale o lamento se o mundo é surdo? Se agora só se ouve idéias socialistas dos comunistas oportunistas, inescrupulosos, sem visão? Que nunca defenderam o povo, tão pouco a Natureza e dizem que vão salvar a Nação… Choram os habitantes do mundo, porque no fundo, estas pessoas são como areia movediça, um pantanal inacessível, em forma de oásis, cujas palavras superficiais, que pintam um quadro de beleza aparente, onde escondem o veneno mortal como as presas das serpentes. Chora o dia nesta manhã chuvosa e fria, o Balconista serve-me um café, noutros comem lanches bem reforçados, outros compram, pão, leite, presunto, manteiga, salaminho. É um entra e sai constante de pessoas bem arrumadas, mas de repente, entram próximo ao café, dois garotos magros, descalços, rasgados, reviram o cesto do lixo e retiram pedaços de lanches, repartem e começam a comer. O gerente sai do balcão e grita: ―”Fora! Vão embora, sai…” Os garotos jogam o cesto e o lixo se esparrama pelo chão. O gerente sai até a calçada em perseguição e grita: “Fora daqui, seus trombadinhas.”. Os dois, fazendo malabarismo entre os carros, atravessam a rua e gritam: “Vai tomar no cu, velho filha da puta…”.―O café esfriou e eu fiquei olhando a rua engolindo a imagem daqueles dois garotos sob uma garoa fina, a procura do que comer. Nasce um poema.
Surpresas.―Surpreende-me o frio da manhã, um sol brilhando sacana, surpreendeu-me a chuva miúda e o temporal da semana, surpreendeu-me até a “Mary”, outrora a simples Maria, como vê não foi só o tempo que mudou, hoje até a pessoa varia… Surpresas. Tudo vai mal e ninguém pra fazer um protesto. É comum ver-se nas ruas, crianças comendo resto e a gente que é “normal” que não chegamos, ainda à loucura, vamos nos petrificando… Somos anormais em miniatura.
Foi lá que morreu o meu sonho… Num chão batido deu seu último suspiro, mas ainda ecoa ...
Ah, mas no outro dia, entre mentiras e meias verdades, assisto a desfile de modas, novelas, entrevistas, ...
Vejo os rios sofrendo a convulsão, debatem-se preso as margens artificiais, espumando-se, olha-se para frente, a fumaça ...
Ah! Mas bem antes deste meu ingresso, nestemundo de armadilhas de Avanço ou Retrocesso eu colhia vogais ...
Ah, do Paraíso da vida interiorana, triste regresso,deixei um lugar onde tudo era tão verdade, para encarar ...
Tortuoso caminho se deu meu retorno, numa cidade de armadilhas, trilhas, atalhos, onde há o marcado baralho, ...
Venha! Não vamos compactuar desta desgraça, não nos misturemos à maldita fumaça, da ambição, do desamor, nas ...
Ah, quanta insatisfação… Há uma desordem dentro de mim, quase nada me satisfaz, em tudo que procuro ...
Boa tarde, poeta Barata Cichetto. Como vai, nobre pensador Áureo Alessandri? Como vão meus nobres companheiros, de ...
Neste terreno onde às vezes me refugio, da loucura entre Avanço & Retrocesso, é um espaço, um ...
Hoje, não sei por quê! Tão pouco peço, mas sinto a brisa, pela fresta, entrar ardente. Embora ...
Olhem! Percebam! Eu lhes peço! É cruel demais ver tanto descaso, neste mundo de Avanço & Retrocesso ...
Vaza do meu corpo a imensidão do mundo, numa viagem inexoravelmente constante, nesta última fila de espera, ...
A minha vida é uma Cerca Viva. Dentro dela passa o tempo como um rio solitário levando ...
Aos poucos vai despertando este Gigante, pelos homens, que neste instante, em todas as partes onde se ...
Ah, deixe-me correr atrás do sonho! Se há emoção, há vazão num poema, num graveto, num casco ...
Estamos em junho, o mês das Festas Juninas, masnas noites, nenhum recanto luminoso brilha, nenhum fogos, sem ...