Atualizado em: 21/08/2024, as 12:08
Vaza do meu corpo a imensidão do mundo, numa viagem inexoravelmente constante, nesta última fila de espera, vendo os pregoeiros do caos repetindo a tragédia dos trinta dinheiros, o sofrimento do povo, uma preocupação perene por parte de poucos políticos e autoridades que ainda merece nosso crédito; Os corruptos estão de regresso, paira um clima de insegurança neste mundo de Avanço & Retrocesso, não há trégua, o futuro pode ser um mar sem porto, mas hoje, corre em mim partes de outrora: Lugares, templos, esculturas, e eu continuo a caminhar por entre as nervuras, das edificações de outras eras; Fracassos, sonhos e vitórias, d’outras civilizações e suas linhas, tudo em mim lateja agora – Parte quimera, parte história.
Sobrevivem na memória, lembranças que não são minhas – de tantos eu sou aurora –, E embora soe diferente, até o tempo aqui destoa, habita-me o corpo tanta gente: tribos, costumes e lugares, deuses, climas, outros ares, solos, mares, outras pessoas. Tudo aqui atroa forte, no coração algo se ativa – sensação de busca e medo – como se descobrisse um segredo, de quem já teve a morte -eu sou a parte viva –. Sem começo ou fim da idade, nas vênulas, vidas lá de longe Dom da suprema eternidade, nos rios de artérias, vasos, veias, manchas de Oásis e areias coexistem neste corpo de hoje. Sou agora, o mais novo aparelho, onde cada qual se manifesta sou o rastro do que resta.
Um caminho marcado por bandeiras, impérios, segredos e mistérios, viajando no meu Mar Vermelho. Que imensidão meu corpo ganha ―a viagem que não para corre dentro parte estranha, é o passado na devassa, mas quem é com minha cara que me soma a outras raças?
Tanta coisa me incomoda ―seres separando-me da roda e eu aprendo à grande custo, e embora soe estranho, sessenta seres separam-me de Augusto e de Cristo também de igual tamanho.
Foi lá que morreu o meu sonho… Num chão batido deu seu último suspiro, mas ainda ecoa ...
Ah, mas no outro dia, entre mentiras e meias verdades, assisto a desfile de modas, novelas, entrevistas, ...
Vejo os rios sofrendo a convulsão, debatem-se preso as margens artificiais, espumando-se, olha-se para frente, a fumaça ...
Ah! Mas bem antes deste meu ingresso, nestemundo de armadilhas de Avanço ou Retrocesso eu colhia vogais ...
Ah, do Paraíso da vida interiorana, triste regresso,deixei um lugar onde tudo era tão verdade, para encarar ...
Tortuoso caminho se deu meu retorno, numa cidade de armadilhas, trilhas, atalhos, onde há o marcado baralho, ...
Venha! Não vamos compactuar desta desgraça, não nos misturemos à maldita fumaça, da ambição, do desamor, nas ...
Ah, quanta insatisfação… Há uma desordem dentro de mim, quase nada me satisfaz, em tudo que procuro ...
Boa tarde, poeta Barata Cichetto. Como vai, nobre pensador Áureo Alessandri? Como vão meus nobres companheiros, de ...
Neste terreno onde às vezes me refugio, da loucura entre Avanço & Retrocesso, é um espaço, um ...
Hoje, não sei por quê! Tão pouco peço, mas sinto a brisa, pela fresta, entrar ardente. Embora ...
Olhem! Percebam! Eu lhes peço! É cruel demais ver tanto descaso, neste mundo de Avanço & Retrocesso ...
Vaza do meu corpo a imensidão do mundo, numa viagem inexoravelmente constante, nesta última fila de espera, ...
A minha vida é uma Cerca Viva. Dentro dela passa o tempo como um rio solitário levando ...
Aos poucos vai despertando este Gigante, pelos homens, que neste instante, em todas as partes onde se ...
Ah, deixe-me correr atrás do sonho! Se há emoção, há vazão num poema, num graveto, num casco ...
Estamos em junho, o mês das Festas Juninas, masnas noites, nenhum recanto luminoso brilha, nenhum fogos, sem ...