[As flores da estação morrem no exato tempo certo]

Atualizado em 20/08/2024 as 14:19:50

As flores da estação morrem no exato tempo certo
Entre o segundo e terceiro ato, sem nenhum alarido fonético
Diante do sol, dos pés de maltrato, das mãos da poda.
Da plateia estupefata com o cínico cítrico, cinismo do autor.

Eles sabem das mentiras, muito mais do que seus olhos podem revelar
Qualquer enredo de novela, é um novelo redundante.
Não existem suspeitos, nos círculos e crimes perfeitos.

Dodecaedro é um sólido platônico constituído por doze pentágonos regulares,
Com cantos demais, de escuros secos.

Coadjuvantes cênicas, ensaiadas a exaustão,
para dizer sim, para florir, para sorrir, para exalar a fragrância que se espera nas salas de espera
Numa clínica clandestina de aborto.

Simplesmente flores, nada além de uma composição estética, entre cálice, corola, estames e carpelos
Nada além de pólens e cheiros, e fina pele.

Só flores de plástico, sobrevivem ao desbotado do descaso de um verso inacabado.

Lu Genez, Curitiba, PR, é poeta, escritora… E, claro, Livre Pensadora!

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