[Homens de palha]

Atualizado em 20/08/2024 as 14:20:16

Homens de palha – espantalhos de si mesmos,
relegados ao sereno do asfalto
São deixados ao mofo da carne, amputada.
carros em disparada, no primeiro sinal verde,
Passam vermelho, sangram um indivíduo qualquer.
Bêbados, loucos, desumanos
Nas rotinas atropeladas de sujeira.

A escuridão tem fome
Abocanha as palhas e as carnes
Nas casas, nas sarjetas, nas igrejas
Nos fundos dos olhos de um espelho.

Homens de lata e seus ecos ocos,
Vazios de tudo
Já não carregam nenhuma esperança disfarçada de sorriso,
Não rezam sobre a sua sorte
Seguem as sinas das esquinas
Das balas e heroínas
Da prostituta de carne barganhada
Em busca de uma cama quente.

No delírio de Oz
Seguimos todos
Acovardados leões
Sem dentes
Diante dos escândalos das bruxas de preto.
Num livro de dias, sem fim.
No mundo daqui.

Lu Genez, Curitiba, PR, é poeta, escritora… E, claro, Livre Pensadora!

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