Atualizado em 20/08/2024 as 19:37:02
Que se tenham cordeiros de pele tenra, de pelos brancos, mansos, servíveis ao abate
com carnes amaciadas em qualquer líquido amniótico, licoroso, aquoso, simbiótico
Para se escorrer vermelho no meio do dia, em detrimento ao sacrifício dos primogênitos,
Há de se salvar os sangues nobres das profundezas dos altares, e da mesa simplória de João,
Já que lhe falta o requinte e as pratas, o vinho e qualquer comida.
Para se ter fácil a roedura da carne amolada, para não se sobrar o aproveitável, para simplesmente ruir
Sobre os escombros do último muro santo, parido inocente, de mãe menina
que se perdeu na vergonha, diante dos olhos amargos de um incesto.
Para se escorrer o gozo, no meio dos lábios das filhas de Lilith,
que se fartam das gotas dos pequenos venenos, e do sêmen dos homens pagãos.
ao inferno sua descendência bastarda, suas mães e irmãs
meretrizes de ancas soltas, pernas abertas, de língua e pecado, de vicio e abismo.
Queimem-nas, em shows pirotécnicos, diante da plateia, daqueles que a usaram,
assim como feito nas eras de outros tempos,
lhes cobrem a paga, a ousadia do pertencimento do corpo, e de todos os seus buracos.
Que se tenham cordeiros de úteros, para o sexo de sexta, para se fazer filhos de etiqueta.
A lua da inocência, já se serviu do amanhã
30.08.21