Atualizado em: 23/04/2025, as 08:04
(Moloch ou Moloque é o nome do deus ao qual os amonitas, uma etnia de Canaã, sacrificavam seus recém-nascidos, jogando-os em uma fogueira. Também é o nome de um demônio na tradição cristã e cabalística.)
1
Um dia acreditamos que poesia nos traria melhor sorte
E que seria ela e não o amor a compensação da morte
Até sabermos que somos porcos perdidos no galinheiro
Matando nossos filhos por desejo, e a mãe por dinheiro.
E abortada a poesia, queimada em tributos a Moloque
Feito às crianças da guerra que causam dor e choque
Até chegarmos à esquina e deparando com seres rotos
Chutarmos as lembranças, esmagando a seus escrotos.
2
E há poetas demais no mundo, que morra um pouco!
O mundo não precisa de tanto poeta e de tanto louco
E o que há de menos é do que precisa, que é a poesia
Pois morram os poetas, os loucos e morra a hipocrisia.
Acreditamos um dia que a poesia iria nos libertar ,enfim
E nos prendemos antes mesmo do poema chegar ao fim
E se existem poetas demais e poesia de menos no mundo
É porque poeta não é um trabalho, mas coisa de vagabundo.
3
Esqueça da poesia, tolo poeta cheirando a leite e cerveja
Seja honesto, esconda-se e fuja antes que sua mãe o veja
Pois se um dia acreditamos na poesia, agora ela está morta
E Moloque ainda queima debaixo do manto da igreja torta.
Se existe escuridão na noite e poesia no dia, acendam a luz
E se o fazer poesia é casar e ter filhos, queimem o que reluz
Pois um dia, talvez uma noite dessas, porcos estarão a feder
E seus filhos cobrarão o lucro do dinheiro que possas render.
4
Ah, Moloque, demônio desgraçado comedor de criança
Quanto comeste daquilo que era considerado esperança
E quantos de meus filhos foram dados a matar tua fome,
Cuidarão de mim quando não restar nem o meu nome?
Oh, maldito Moloque, em cujas fogueiras tantos queimaram
E cujas vestes das amantes debaixo do seu manto acharam
Deixe agora queimar a poesia nas asas do débil fanatismo
Pois em seu nome morrerão todos os deuses do paganismo.
14/04/2013
Prompt:
male, gutural vocal, metal, nu metal, heavy metal, hard rock, spoken word, industrial, power metal
[intro]
[verse]
Um dia acreditamos que poesia nos traria melhor sorte
E que seria ela e não o amor a compensação da morte
Até sabermos que somos porcos perdidos no galinheiro
Matando nossos filhos por desejo, e a mãe por dinheiro.
E abortada a poesia, queimada em tributos a Moloque
Feito às crianças da guerra que causam dor e choque
Até chegarmos à esquina e deparando com seres rotos
Chutarmos as lembranças, esmagando a seus escrotos.
[chorus]
[laugh]
E abortada a poesia, queimada em tributos a Moloque
Feito às crianças da guerra que causam dor e choque.
Rock!!!! Choque!!!! Moloque!!!
…
[chorus]
[laugh]
Ah, Moloque, demônio desgraçado comedor de criança
Quanto comeste daquilo que era considerado esperança?
Rock!!!! Choque!!!! Moloque!!!
Rock!!!! Choque!!!! Moloque!!!
Ah, moloque, moleque da rua em estado de choque!!!
Rock!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
[laugh]
[outro]
[fade out]
Memórias Arrependidas de Um Poeta Sem Pudor
(Antologia Poética, de 1978 a 2025)
Barata Cichetto
Gênero: Poesia
Ano: 2025
Edição: 4ª
Editora: BarataVerso
Páginas: 876
Impressão: Papel Pólen 80g
Capa: Dura
Tamanho: 16 × 23 × 5,2 cm
Peso: 1,50
Brindes Incluídos:
2 Marca-páginas da Poetura Editorial;
1 Marca-página BarataVerso em couro, feito pela Cerne, de Rancharia, SP;
2 Adesivos do BarataVerso;
2 Adesivos da Poetura Editorial.
Barata Cichetto, Araraquara – SP, é o Criador e Editor do BarataVerso. Poeta e escritor, com mais de 30 livros publicados, também é artista multimídia e Filósofo de Pés Sujos. Um Livre Pensador.