Desqualificar, cancelar, ofender pessoas que discordam de sua ideologia, é a marca pontual dos chamados “Progressistas”, um título que de per si já demonstra a arrogância e a mentira por trás de uma ideologia criminosa e anti-humana.
É o que faz, por exemplo, o senhor Neil Gaiman, aclamado autor de romances de terror e quadrinhos. Recentemente numa Live promovida pela CCXP e a Editora Instrínseca, perguntando pelo ator e comediante brasileiro Fernando Caruso sobre as criticas que recebeu de fãs brasileiros sobre a série Sandman, atualmente em produção, o artista afirmou que esse tipo de abordagem “parece ser, especificamente um fenômeno brasileiro, falando isso. Além dali, eu não tenho visto essa sensação de pessoas tentando ser mais espertas que Sandman, quando elas claramente nem o leram.”. Neil Gaiman, falava sobre os brasileiros que pediram no Twitter que a série Sandman não tivesse representatividade de pessoas negras, trans e gays.
“No Twitter, parece ser, especificamente um fenômeno brasileiro, falando isso. Além dali, eu não tenho visto essa sensação de pessoas tentando ser mais espertas que Sandman, quando elas claramente nem o leram. Essa foi a coisa mais estranha sobre isso. ‘Ah, sim, nós lemos que você vai modernizar Sandman, então vai ser esse Sandman moderno, com gays e lésbicas e pessoas trans e talvez pessoas negras’. Sim, isso é Sandman, é o mesmo Sandman de 33 anos atrás então tudo que isso me diz é que estás pessoas nunca leram Sandman. Então, essa idiotice em particular, esse sentimento de que você sendo trollado por pessoas estúpidas que não fazem idéia do que elas estão trollando é especificamente algo brasileiro…”
Ao tecer tal “critica”, Gaiman parte para a arrogância, chamando de ignorantes os que não desejam tal lacração, que é a tônica da moda, não apenas nas artes, mas na publicidade e mesmo no mercado em geral. Lacrar é preciso, e isso nada tem a ver com valores humanos, quebra de paradigmas, representatividade, inclusão. Nada disso, é a lacração pelo lucro, ou o chamado “Marketing da Lacração”.
Ao concluir que “é especificamente algo brasileiro…”, o autor extrapola toda sua arrogância e prepotência, ao tratar brasileiros – uma parte deles ao menos – como os únicos no mundo a não aceitarem sua superioridade intelectual e moral. Isso seria tratado no terreno da xenofobia pela “esquerda”, que só aceita esse comportamento dentre suas fileiras.
No final da história, Gaiman afirma que entende que isso não representa a totalidade dos fãs da obra e sabe que estes nem sabem o que é Sandman, e elogiou os fãs brasileiros da sua obra que a amam de verdade. Ou seja, a desqualificação de quem tem opinião contrária, algo também muito comum na estratégia marxista.
Claro que o personagem é criação dele, e, portanto, Gaiman tem todos os direitos de expressar o que quiser, mas deveria ao menos respeitar seus próprios fãs, que não são obrigados a gostar do produto que ele oferece. A esses, meu conselho é idêntico ao ser mal atendido numa loja: simplesmente não compre. O que dói para todo mundo, seja comunista ou não, é o bolso, no final das contas.
29/11/2020
Barata Cichetto, Araraquara – SP, é o Criador e Editor do BarataVerso. Poeta e escritor, com mais de 30 livros publicados, também é artista multimídia e Filósofo de Pés Sujos. Um Livre Pensador.