Olavo Villa Couto

Olavo Villa Couto nasceu no Tatuapé – ou seria Taubaté? Mora em Piracicaba, ou seria Sorocaba? É arquiteto, com primário completo. Gosta de música barulhenta e mulher ciumenta. Já cansou de casar (uma única vez) e agora prefere ficar na companhia de seus livros, cachorros vira-latas (tem quatro, todos pretos, sendo que duas são pretas, porque são fêmeas). Gosta menos de assinar contratos do que lavar os próprios pratos. Detesta cigarros e quaisquer coisas que cheirem mal, como donas de casa, por exemplo. Nasceu no dia primeiro do primeiro mês do primeiro ano da década de mil novecentos e sessenta, e portanto é um idoso, que parece Aqualung olhando as meninas no banco da praça com más intenções. Não usa cuecas nem meias. Detesta poesia, chá e cerveja, mas gosta de bourbon americano (uísque é coisa de inglês fresco). Já publicou dois livros, “Jorro” e “Satânia”, dois romances escrotos. Seus ídolos, todos mortos, são o Peréio e o Bukowski. Diz que conheceu de perto a Lispector, mas há quem duvide, porque Olavo é um mentiroso, não mais que qualquer outra pessoa. Pessoa? Odeia Pessoa e qualquer outra pessoa. Escreve pra ficar longe de gente, detesta butecos, mas adora torresmo. Nunca saiu com putas e nunca saiu de São Paulo, o que é quase a mesma coisa.
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