Atualizado em: 27/07/2024, as 08:07
OBRIGADO POR LER ESTE POST, NÃO SE ESQUEÇA DE SE INSCREVER!
A previsão não para por aí: Até 2050, 75% dos empregos do mundo estarão eliminados. Praticamente toda mão de obra braçal e boa parte da mão de obra intelectual será substituída, gradualmente, mas em ritmo acelerado.
Há algum tempo tenho sido cobrado para escrever alguma coisa que envolvesse uma visão de futuro envolvendo os espantosos avanços tecnológicos que vem surgindo nos últimos tempos.
É verdade que “só os profetas enxergam o óbvio”, que minhas previsões estão lastreadas em pesquisas que tenho feito ultimamente e em experiências profissionais. Também aviso que não estou exercendo aqui o ofício de escritor de ficção. Trata-se de um exercício de futurologia com lastro.
Evidentemente que não me importo em ser contestado e refutado, mas aqui preciso dar uma carteirada arrogante de engenheiro eletrônico da área de automação prestes a completar 30 anos de carreira:
A qualquer eventual leitor que pretenda dizer que nem a robótica e nem a Inteligência Artificial estão em estágio suficientemente avançado, recomendo que veja alguma das várias entrevistas de Mo Gaudat, responsável pelo desenvolvimento da IA da Google (todas em inglês) e consulte os vídeos da Boston Dynamics. Sem isso sei que teremos aqueles argumentos do tipo “As máquinas são incapazes de ter sentimentos” (quem as desenvolveu discorda e explica tecnicamente como isso é feito) ou “A IA e os robôs nunca vão substituir o ser humano”. De fato, não vão substituir. Já estão substituindo.
A expectativa do Foro Econômico Mundial (vale a pena pesquisar sobre essa entidade macabra e suas teses), em 2030 – portanto daqui a apenas seis anos, 30% dos empregos mundiais estarão eliminados.
Montadores de linha de produção, motoristas, designers, redatores e operadores de máquinas já estão sendo substituídos massivamente nesse exato momento.
A previsão não para por aí: Até 2050, 75% dos empregos do mundo estarão eliminados. Praticamente toda mão de obra braçal e boa parte da mão de obra intelectual será substituída, gradualmente, mas em ritmo acelerado.
A que se deverá tão estrepitosa tragédia? IA, robótica e a uma economia baseada em capital especulativo – tudo o que estamos vendo acontecer bem debaixo de nossas barbas agora mesmo. Note que na revolução industrial os artesãos perderam seu espaço, mas puderam ser empregados como operários. Nas próximas décadas os operários perderão espaço, mas dessa vez não haverá onde aproveitá-los.
Em números atuais, de uma força mundial de trabalho total estimada em 3,5 bilhões de empregos, teríamos mais de 2,5 bilhões de desempregados – mais do que suficiente para arrastar o planeta inteiro rumo a uma convulsão generalizada e uma crise social mundial sem precedentes. Fome, doenças, violência e miséria nunca vistas. Este seria, até aqui, o segundo evento em escala mundial de fato, sendo que o primeiro e único da história da humanidade foi a recente pandemia do Coronavírus (note que nem mesmo a primeira guerra mundial e a segunda guerra mundial foram realmente eventos em escala mundial apesar do nome que receberam).
Nesse quadro de caos, o surgimento de um governo global capaz de debelar a crise é uma solução fácil de vender. Olhando para o passado da humanidade, vemos que a formação dos países – especialmente na Europa – começou a partir da formação de reinos que serviram para pacificar crises em feudos miseráveis que se digladiavam, unificando-os. É claro que esse governo mundial terá apoio massivo da população, que a certa altura, estará esfomeada, doente e miserável clamando por alguém que a salve.
Esse governo global resolveria a crise social de forma óbvia: Criando uma moeda única e controlando a economia global. Cada IA ou robô utilizado na indústria, comércio, construção etc. será taxado com impostos que se transformarão em uma pensão alimentícia para cada cidadão que foi substituído pelas máquinas. Ocorre que dessa forma, o governo mundial terá poder absoluto sobre os cidadãos e sobre a produção de bens, serviços e alimentos. Note que o governo mundial será composto por uma elite política, uma elite industrial oriunda ou subserviente à elite política, uma elite militar que manterá a ordem na base do terror e uma classe de pensionistas miseráveis que será sustentada pelo governo. É óbvio e consequente que as propriedades privadas também estarão sujeitas ao controle do governo mundial para manter a sustentabilidade do sistema sob a bandeira da igualdade social – que na prática nunca existirá – mas que servirá para expropriar tudo o que ainda não estiver nas mãos dos cupinchas do governo, as elites que mencionei anteriormente.
Qualquer semelhança com o comunismo chinês não é mera coincidência. A extrema simpatia que os membros do Foro Econômico Mundial têm pela China também não. Gosta de literatura e lembrou-se de George Orwell e seu famigerado Grande Irmão? Parabéns. Você é religioso? Deleite-se ao saber que o Vaticano estará em conluio com o governo mundial. Sim! A prostituta que se assenta sobre as sete colinas estará montada na besta de sete cabeças.
Esse governo evidentemente controlará também toda a mídia mundial. Toda informação circulante será emitida pelo governo. Com uma boa máquina de propaganda será fácil convencer a população mundial de que tudo o que o governo global fizer é para o bem de todos. Também já vimos o uso de uma máquina poderosa de propaganda assim. Foi protagonizado por um falastrão de bigodinho que gostava de usar cruzes estilizadas em seu uniforme.
Igualdade social (mentirosa), equilíbrio ecológico (falso) e paz mundial (conseguida à base de controle total e cerceamento absoluto das liberdades) serão algumas das maravilhas oferecidas pelo governo mundial e coitado de quem se opuser a isso tudo.
Aqui abro um parêntese: Qualquer pessoa que conheça um pouco de economia e tenha estudado o sistema previdenciário saberia refutar matematicamente essa minha previsão: A quantidade de impostos arrecadados não seria suficiente para sustentar toda a população de pessoas desempregadas no mundo. Absolutamente correto. Por isso mesmo é que vários especialistas, alguns deles ligados ao Foro Econômico Mundial, já pregam um número ideal para que a conta feche: 500 milhões. Como assim? Quinhentos milhões de que? Uma população mundial de 500 milhões de habitantes.
Mas como eles fariam pra reduzir quase oito bilhões de pessoas a apenas 500 milhões?
Ora… Já tivemos um piloto de como isso se daria. Uma dica: todos tivemos que ficar em casa – quem se negou a isso foi preso – e depois todos fomos obrigados a usar máscaras mesmo ao ar livre. Some-se a isso uma fome em escala global se abatendo sobre 4 a 5 bilhões de pessoas mais algumas guerras esparsas e temos a conta fechando.
“Bravo Mundo Novo está nascendo e pelo visto vai te surpreender um dia” – cantava uma banda brasileira dos anos 80. Eles estavam certos e já tem muita gente graúda avisando que é exatamente isso o que vai acontecer.
Entrevista de Mo Gaudat
Vídeo da Boston Dynamics
Áureo Alessandri é engenheiro, escritor e músico da banda La Societá, autor do livro “Conspiração Andron“. Um Livre Pensador.
O editor deste site é um sujeito escroto, e assim sendo, resolveu provocar o articulista: primeiramente entrou no ChatGPT, colou o texto e pediu opinião à IA sobre o mesmo, e depois sugestão para a imagem ilustrativa, e assim foi para o Firefly da Adobe, que gerou as imagens aqui apresentadas. Se quiser saber o roteiro completo, clica abaixo que conto tudo.
Leia: “A Inteligência é Artificial, ou A Burrice é Que é Natural?“
não é pq provavelmente estarei morta em 2075, que deixo de temer o futuro, a começar pelo que tenho visto, lido e temido nestes últimos tempos.
Querida Lu
Embora eu esteja longe de me considerar religioso, acredito que estejamos vivenciando os dias previstos no livro do Apocalipse (que em grego não significa fim do mundo e sima revelação).
O mundo terá um fim? Sem dúvida, mas não é do fim do planeta que estamos falando. Estamos falando do fim do mundo como o conhecemos – o fim do estilo de vida que nos acostumamos a ver.
Texto Fantástico! Eu acho que não existe saída. O gatilho já foi disparado faz tempo. Trágico para nós, os humanos.
A espoleta está armada. Sem chance de desarmar.
Sempre pode haver um jeito…
Assustadoramente real.
Há solução?
Sempre há uma solução… A questão é que não será nada fácil.
Dias muito ruins virão.
Sobre o trecho que fala sobre o Vaticano estar aderido ao governo global:
Roma é conhecida como a cidade das sete colinas. O Vaticano seria a prostituta que se assenta sobre as sete colinas.
A besta de 7 cabeças seria uma coalisão que forma o governo global (especulativamente são 7 Big Techs que dominam a tecnologia de Inteligência Artificial – Nvidia, Meta, Tesla, Apple, Amazon, Google e Microsoft).
Os religiosos podem se divertir com essa associação especulativa com as previsões do Apocalipse.
Uma pedra foi lascada. Daí virou uma ferramenta. E todos se alegraram, porque podiam cortar a carne da caça, e moldar o couro para fazer vestes. Mas daí… Bem, daí alguém descobriu que aquilo podia ser uma arma. Dumont inventou o avião e há relatos de sua tristeza na Primeira Guerra Mundial, por vê-lo transformado em arma de destruição. Então, acredito que entre uma ferramenta útil e uma arma o que separa é apenas a intenção de quem usa. Nós, seres humanos, nascemos e vivemos pelo poder e pela vaidade, então cada ferramenta acaba sendo transformada em arma. Particularmente eu prefiro usar uma faca para cortar e passar manteiga num pão, mas há os que usam para matar. Temos escolhas, enfim, só não sabemos qual será. Construção ou destruição.
Saudações ao autor e comentaristas, desde a República de Curitiba.
O problema, caro Olavo, é que as IAs não são mais uma ferramenta.
São uma FORMA DE VIDA nova.