Hoje vi a noticia que o Brasil está eliminado a fome, e eu me vejo há 20 anos lendo a mesma noticia, e a mais anos antes também, e me pergunto: Qual fome?
A fome diária, a que consome vidas e alegrias, a fome que mata, denigre e humilha o ser humano, ou a fome idealizada para compor estatísticas e discursos evidências práticas de um projeto minimamente eficiente de solução?
As mesmas estatísticas que eu vejo reduzindo dia a dia a fome, mas que nunca acaba, e me trazem a pergunta: Por que nunca acaba?
Eis a pergunta que ninguém faz.
Parece que a miséria e a fome retroalimentam-se nas mãos de inescrupulosos como massa de manobra ao populismo sempre maligno e perverso, que vive desta matéria como fonte de perpetuação ideológica, pois estes sim têm, a fome de que a fome nunca acabe, o discurso que viverá pela eternidade e a fome também, mas a que preço?
O cabedal verborrágico, alimenta egos e ediocrasias, a dá uso a manipulação de quem está com a vida a risco.
A fome parece que será extinta pelo simples poder da fala, pois não se vê nenhuma politica pública para sanear, ou sanar esse câncer.
O básico discurso das bolsas famílias não é solução. Quando as pessoas se darão conta que o que faz efetiva distribuição de renda e que dá aos homens dignidade são as politicas econômicas de crescimento, de geração de emprego e renda, fora deste universo o que veremos serão o crescimento das famílias que dependem das bolsas misérias, e a antigo e terrível coronelismo e os votos de cabrestos com novos nomes e outras roupagens, a escravidão do voto e a perpetuação da fome e da miséria.
Charles Burck, é o heterônimo de Wilson Costa, Rio de Janeiro, RJ. Autor, romancista, poeta e webdesigner.
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