Depois de algum tempo de coexistência, ela vira companhia.
Quase palpável de tão presente é a ausência que ela evoca, que no começo angustia e sufoca, mas depois é pleno bem-estar.
Ao contrário de todos os que foram embora, inclusive os que disseram que nunca iriam, ela jamais nos abandona.
Permanece, fiel, até o fim do árduo caminho.
Então, por mais incrível que possa parecer,
a gente pode, sem errar, dizer:
quem vive a solidão,
com a solidão,
na solidão
nunca estará sozinho.
26122019
Celso Moraes F., São Luiz dos Montes Belos. Lecionou Literatura, Português e Redação por 17 anos, passando depois a trabalhar com Revisão Textual. É escritor, quadrinista, poeta e Livre Pensador.