Arte: Barata

O Discurso de John Galt: Um Chamado à Razão e à Liberdade

Atualizado em 08/08/2024 as 22:38:41

Eu sou John Galt. Venho até vocês para reafirmar os princípios imortais que sustentam a nossa existência e que, lamentavelmente, estão sendo minados pelo coletivismo e pelo comunismo. Vivemos tempos sombrios, onde a liberdade individual está sob ataque e a razão é desdenhada. É imperativo que compreendamos os perigos de defender o esquerdismo, uma ideologia que ameaça destruir a essência da nossa humanidade e a prosperidade que advém da liberdade.

No âmago do discurso de John Galt, está a defesa intransigente da razão como a única ferramenta capaz de nos guiar à verdade e ao progresso. A razão é a nossa maior dádiva, a faculdade que nos permite entender o mundo ao nosso redor e criar valor a partir do nosso trabalho. Ao abraçarmos a razão, rejeitamos a irracionalidade e a superstição, que são as bases do coletivismo. O coletivismo prega a subordinação do indivíduo ao coletivo, promovendo a ideia de que o bem comum está acima dos direitos individuais. Isso é um engano fatal, pois nega a soberania da mente humana e a capacidade de cada um de buscar seu próprio caminho.

O coletivismo, em todas as suas formas, seja no comunismo, socialismo ou qualquer outra variante, é uma negação da individualidade. Ele requer a expropriação da riqueza produzida pelos indivíduos para redistribuí-la de acordo com critérios arbitrários. Tal sistema não só é injusto, mas também inviável. A história nos mostra repetidamente que o coletivismo leva à pobreza, à miséria e à tirania. A União Soviética, a China de Mao e outros regimes comunistas são testemunhos sombrios do fracasso dessa ideologia.

John Galt clama pela defesa do capitalismo laissez-faire, o único sistema que respeita a liberdade do indivíduo e promove a prosperidade através da livre troca e da inovação. No capitalismo, cada pessoa é livre para perseguir seus próprios interesses, criando valor e riqueza não apenas para si, mas para toda a sociedade. A competição e o livre mercado incentivam a inovação, recompensam a eficiência e punem a mediocridade. Esse é o motor do progresso humano.

O perigo que corremos ao defender o esquerdismo na era atual é monumental. Em um mundo onde as ideias de igualdade forçada e justiça social são celebradas, corremos o risco de sacrificar a liberdade individual no altar do coletivismo. Políticas de redistribuição de riqueza, regulamentações excessivas e o crescimento do estado são passos na direção errada. Eles sufocam a iniciativa individual, desencorajam o empreendedorismo e promovem uma mentalidade de dependência.

O esquerdismo, com seu apelo emocional à justiça social e igualdade, ignora as realidades econômicas e humanas. A verdadeira justiça só pode ser alcançada através do respeito aos direitos individuais e à liberdade econômica. Qualquer tentativa de impor igualdade através da força resulta em injustiça e opressão. A história do século XX é um testemunho eloquente dos horrores que o coletivismo pode infligir.

Devemos nos erguer contra essas ideologias perniciosas e reafirmar nosso compromisso com os princípios que fizeram nossa civilização florescer. A liberdade individual, a propriedade privada e o capitalismo são as pedras angulares de uma sociedade próspera e justa. Precisamos educar as gerações futuras sobre os perigos do coletivismo e a importância de defender a liberdade em todas as suas formas.

A luta contra o coletivismo é, em última análise, uma luta pela alma da humanidade. Precisamos rejeitar as falsas promessas do esquerdismo e abraçar a realidade da condição humana: que cada indivíduo é um fim em si mesmo, com o direito inalienável de buscar sua própria felicidade. Somente assim podemos garantir um futuro de prosperidade, inovação e verdadeira justiça para todos.

Eu sou John Galt, e este é o meu discurso.

19/07/2024

Ayn Rand (Imagem Criada Com Leonardo IA)

Por doze anos você tem perguntado “Quem é John Galt?”. Aqui é John Galt falando. Eu sou o homem que levou embora suas vítimas e assim destruiu o seu mundo. Você ouviu dizer que esta é uma era de crise moral e que os pecados do Homem estão destruindo o mundo. Mas sua principal virtude tem sido o sacrifício, e você pede mais sacrifícios a cada novo desastre. Você sacrificou a justiça em nome da misericórdia, felicidade em nome do dever. Então, porque você tem medo do mundo ao seu redor?

Seu mundo é somente o produto dos seus sacrifícios. Enquanto você estava arrastando para os altares do sacrifício os homens que tornaram possível sua felicidade, eu o venci. Eu cheguei primeiro e contei para eles o jogo que você estava jogando e onde isso iria os levar. Eu expliquei as consequências da sua moralidade de ‘amor entre irmãos’, que eles tinham sido inocentemente generosos demais para entender. Você não irá encontrá-los agora, quando você precisa deles mais do que nunca.

Nós estamos em greve contra seu credo de recompensas não merecidas e deveres não recompensados. Se você quer saber como eu os fiz desistir, eu contei a eles exatamente o que estou dizendo a você esta noite. Eu ensinei para eles a moralidade da Razão – que era certo buscar a própria felicidade como principal sentido da vida. Eu não considero o prazer de outros como o sentido da minha vida, nem considero que meu prazer deva ser o sentido da vida de outra pessoa.

Eu sou um comerciante. Eu obtenho tudo o que tenho em troca das coisas que eu produzo. Eu não peço nada mais nem nada menos do que eu fiz por merecer. Isto é justiça. A força é um grande mal que não tem lugar num mundo racional. Não se pode jamais forçar um ser humano a agir contra seu próprio julgamento. Se você nega a um homem o direito de raciocinar, você deve negar seu próprio direito ao seu próprio julgamento. No entanto você permitiu que seu mundo seja governado por meio da força, por homens que alegam que medo e alegria são incentivos similares, mas medo e força são mais práticos.

Você permitiu que tais homens ocupassem posições de poder no seu mundo pregando que todos os homens são maus desde o nascimento. Quando homens acreditam nisso, eles não veem nada errado em agir como quiserem. O nome desse absurdo é ‘pecado original’. Isso é impossível: o que está fora da possibilidade de escolha está também fora do alcance da moralidade. Chamar de pecado algo que independe da escolha do homem é fazer piada da justiça. Dizer que os homens nascem com livre arbítrio mas com uma tendência à maldade é ridículo. Se a tendência é uma escolha, não veio ao nascer. Se a tendência não é uma escolha, então o homem não tem livre-arbítrio.

E então surge a sua moralidade de ‘amor entre irmãos’. Porque é moral servir aos outros, mas não a você mesmo? Se a felicidade é um valor, porque é moral quando sentida pelos outros, mas não por você? Porque é imoral produzir uma coisa de valor e guardar para si mesmo, quando é moral para os outros, que não a produziram, aceitá-la? Se há virtude em dar, não é então egoísmo receber?

Sua aceitação do código do altruísmo faz você temer o homem que tem um dólar a menos que você porque isso faz você sentir que esse dólar é, por direito, dele. Você odeia o homem com um dólar a mais que você porque o dólar que ele está guardando é seu por direito. Seu código tornou impossível saber quando é hora de dar e quando é hora de tomar.

Você sabe que não pode dar tudo o que tem e morrer de fome. Você se forçou a viver com uma culpa irracional e não merecida. É apropriado ajudar outro homem? Não, se ele cobra isso como se fosse um direito dele ou como algo que você deve a ele. Sim, se é a sua própria escolha, baseada no seu julgamento do valor daquela pessoa e suas dificuldades. Este país não foi construído por homens que buscavam coisas grátis. Na sua brilhante juventude, este país mostrou ao resto do mundo que a grandeza era possível ao Homem e que felicidade era possível na Terra.

Então o país começou a se desculpar por sua grandeza e começou a dar sua riqueza, sentindo-se culpado por ter produzido mais que seus vizinhos. Há 12 anos atrás eu percebi o que estava errado no mundo e onde a batalha pela Vida tinha que ser lutada. Eu vi que o inimigo era uma moralidade invertida e que minha aceitação desta moralidade era seu único poder. Eu fui o primeiro dos homens que se recusaram a desistir de buscar sua própria felicidade porque eu não queria apenas servir aos outros.

Para aqueles de vocês que ainda guardam um resquício de dignidade e a vontade de viver suas vidas por vocês mesmos, ainda há chance de fazer a mesma escolha. Examine seus valores e entenda que você deve escolher um lado. Qualquer meio-termo entre o bem e o mal somente serve para ferir os bons e ajudar os maus.

Se você entendeu o que eu disse, pare de apoiar seus destruidores. Não aceite a filosofia deles. Seus destruidores seguram você por causa de sua resistência, sua generosidade, sua inocência e seu amor. Não destrua a si mesmo para ajudar a construir o tipo de mundo que você vê ao seu redor. Em nome do melhor que há em você, não sacrifique o mundo por aqueles que irão tomar sua felicidade por causa dele.

O mundo irá mudar quando você estiver pronto para pronunciar este juramento:
Eu juro pela minha Vida e pelo meu amor por ela que nunca irei viver em função de outro homem, nem vou pedir a outro homem que viva em função de mim.

Eu juro pela minha Vida e pelo meu amor por ela que nunca irei viver em função de outro homem, nem vou pedir a outro homem que viva em função de mim.

Minha Edição de "A Revolta de Atlas"

Escrito e Publicado em 14/06/2024
Publicado anteriormente com o título: “Quem é John Galt? – O Discurso Final.” Texto atualizado e ampliado em 20/07/2024. O conteúdo original:

A Revolta de Atlas” (Atlas Shrugged), publicado em 1957, é a Magnum Opus da filósofa e escritora, criadora do Objetivismo, Ayn Rand. É um romance ambientado em um cenário no qual o pensamento coletivista e a intervenção governamental dominaram o mundo. Os Estados Unidos são a última nação que respira o capitalismo e a liberdade.

John Galt é o personagem central, e, embora não seja identificado pelo nome até o último terço do romance, ele é objeto da pergunta frequentemente repetida “Quem é John Galt?“. À medida que a trama se desenrola, Galt é reconhecido como filósofo e inventor; ele acredita no poder e na glória da mente humana e no direito dos indivíduos de usarem suas mentes exclusivamente para si próprios. Ele serve como um contraponto altamente individualista à estrutura social e econômica coletivista retratada no romance, na qual a sociedade é baseada em funcionários burocráticos opressivos e em uma cultura que abraça a mediocridade em nome do igualitarismo social, que o romance postula ser o resultado de uma atitude coletivista. Galt é um herói que se recusa a aceitar um mundo onde o talento e a inovação são penalizados.

Um questionamento que surge no início da obra e segue durante seu desdobramento é “Quem é John Galt?”. A pergunta é sempre feita com o intuito de desviar sobre determinado assunto incômodo ou complexo, devido ao fato de que, na maior parte da história, ninguém possui a resposta. Ninguém sabe quem é John Galt e a frase não é sequer uma pergunta, é simplesmente uma expressão sarcástica de indiferença, passividade e aceitação de que há questões para as quais não há resposta e problemas para os quais não há solução.

A frase “Quem é John Galt?” tornou-se um símbolo de resistência contra a opressão governamental e a defesa da liberdade individual. As ideias de Ayn Rand sobre liberdade econômica e individualismo continuam a ressoar em debates políticos e econômicos, com movimentos libertários e conservadores frequentemente citando “A Revolta de Atlas” como uma inspiração para suas crenças.

Além de John Galt, umas personagens principais, senão a principal, é Dagny Taggart, vice-presidente de operações da Taggart Transcontinental, uma mulher forte e determinada que luta contra a decadência de sua empresa e do país. Ela representa a luta pela eficiência e pelo mérito em um mundo que valoriza a mediocridade.

O discurso final de John Galt aparece na segunda metade do tomo III e ocupa, dependendo da edição, de 50 a 70 páginas.

Barata Cichetto, Araraquara – SP, é Criador do BarataVerso. Poeta e escritor, com mais de 30 livros publicados, também é artista multimídia e Filósofo de Pés Sujos. Um Livre Pensador

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