Arte: Barata

Vômito de Metáforas | Barata na Terra de Gigantes Mutantes Beligerantes

Atualizado em: 30/10/2024, as 10:10

Cê tá bem? Pergunta a sirigaita. Que parece também. Um fole sem gaita. E mais além. Mais alguém. Que não sei quem. Quer saber se ninguém. Poderia lhe dar dinheiro. Porque o companheiro. Caiu no banheiro. E que agora o fedor. Se espalha por todo o corredor. Que nem removedor. Remove a catinga de carniça. Que deixou na favela. Parecendo o capítulo da novela. Das nove da tevê. Que ninguém mais vê. Porque tem biguebrodi. E os bródi. Que acham que venceu o amor Inominável. Que só é aceitável. Por que acha que potável. É a água turva. Da curva. E que se curva. Perante o marido da viúva. Um tal de Carniça. Que como bom encantador. Porco ditador. Enfeitiça. E que reina sobre o burro. O artista. E aquele que se acha pensador. Mas é apenas o estrado. Onde fica deitado. O gado. Que foi marcado. Nas terras inóspitas do malfeitor. Que por único feito. Deveras nojento e imperfeito. Foi estar sujeito. Ao Global Grande Feitor. Que mantém em Davos. Seus maltratados escravos. Por um doze avos. Do que pagariam servios e eslavos. E então pergunto com ingenuidade. O que desejam o inquisidor. E o Inominável Ditador. Um velho de andador. Onde um Lobo Solitário. Com pinta de otário. Grita que é solidário. E acha que lhe cabe bem um sudário. Que pensa ser um Jesus Ordinário. Aos pés do Cristo Redentor. Tem um chiclete grudado na minha dentadura. Então pouco me importa se a dita é dura. Mas saber se o que arde ainda cura. Ou se o que aperta segura. O nó cego. Que eu carrego. E que não nego. É o começo. Daquilo que sempre esqueço. Mas é só lembro o endereço. Do remetente. Sempre ausente. Por ser doente. Filho ou neto do presidente. Que pressente. Como um mental doente. A chegada do Anjo Exterminador. Quando então toda a culpa da sua sórdida mente. Será dada de presente. A qualquer demente. Que o chamou de Seu Salvador. E eu que não sou um “ditador legal” como o de El Salvador. Aquele. De nome Bukele. — Faço agora mentalmente uma lista. Por conta do analista. Sem nenhuma pista. De como numerar. E ordenar. A ordem de condenar. Ou descondensar. Como fizeram com o Carniça. De dentadura postiça. Que tem tanta preguiça. Mas ainda enfeitiça. E agora o magistrado. Sem Tese de Mestrado. Tem impetrado. Um mandado de insegurança. Sem possibilidade de fiança. E até contra velho e mãe de criança. O togado com excessiva confiança. Mata de fome a esperança. A muita gente. Que vivia contente. Mas era diferente. Gente pacífica e decente. Mas não acreditava nas mentiras do Presidente. Nem mas farsas do ladrão reincidente. Então foi-se o Supremo. Ao extremo. E mandou prender de Aristodemo. Até o Barão Zemo. Passando pelo Capitão Nemo. Que é emo. E até certo ponto blasfemo. — Então ela torna a perguntar se estou legal. E respondo que espero estar. Porque se for ilegal. Não vai prestar. Porque o Imperador sabe o lugar em que guardo todo meu armamento. Onde me alimento. Como consigo meu sustento. E que será um tormento. Se ele achar que estou sendo mal. Que pelo seu julgamento. Por ser apenas pelo meu gosto de sal. Ou pedir ao patrão um aumento. Então espero que eu esteja. Porque até a revista Veja. Sabe onde tomo minha cerveja. E o Estadão. Até onde compro meu pão. Então pergunte novamente. Uma pergunta diferente. Se eu gosto de comer sua buceta. Ou prefiro bater punheta. Pergunte coisas que não façam qualquer sentido. Porque de qualquer forma eu tenho lhe mentido. Tem um resto de comida na minha dentadura. Espero que isso não incomode a ditadura. Preciso esconder meu boletim do primário. Porque minhas boas notas podem incomodar os idiotas. Até porque aqueles que se chamam de “Patriotas”. Me denunciaram aos agiotas. Que agora querem cobrar o dobro de juro. Porque ontem eu mijei no muro. No meio do parque escuro. Que era tão seguro. Quanto cagar de pé no Palácio da Alvorada. Ou foder com a namorada. Na Ladeira da Constituição. Onde reina a prostituição. Então pare de me perguntar, sua piranha. Que sou Barata e não aranha. Pare com essa conversa estranha. Que ao meu cérebro arranha. E agora me dê um abraço. Que estou Perdido no Espaço. Um menino. Pequenino. Numa Terra de Gigantes. Meliantes. Feito antes. Só que agora são mutantes. Beligerantes. Feito dantes. No quartel de Abrantes.

12/05/2024

Do Livro:
Vômito de Metáforas
Barata Cichetto
Gênero: Crônicas Poéticas
Ano: 2024
Edição:
Editora: BarataVerso
Páginas: 248
Tamanho: 20 × 20 × 1,50 cm
Peso: 0,500

Barata Cichetto, Araraquara – SP, é o Criador e Editor do BarataVerso. Poeta e escritor, com mais de 30 livros publicados, também é artista multimídia e Filósofo de Pés Sujos. Um Livre Pensador

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2 Comentários
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Vinnie Blues
Vinnie Blues
26/05/2024 17:42

Boa Barata ! Só o Título já foi matador 😄👋👋👋👋👋👋👋

Barata Cichetto
Administrador
Responder a  Vinnie Blues
26/05/2024 20:19

Preciso falar mais sobre Terra de Gigantes, e de como eu era tarado pela Deanna Lund.

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