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Andar Uma Milha Ou Despertar Meus Sapatos? (Don’t ‘Woke’ My Shoes)

Atualizado em 02/11/2024 as 13:45:45

Uma das coisas que mais aprecio, como escritor e livre pensador, é brincar com as palavras. Isso pode parecer um tanto óbvio, mas garanto que, na atual era, com o domínio das redes (anti)sociais, que transformaram literalmente a inteligência humana em artificial, adotando o conceito de que inteligência artificial é burrice natural… Ou seja: preguiça mental. E brinco, desde criança sempre brinquei, com as palavras, mesmo sem conhecer totalmente todas as regras, sinônimos, significados, etc. E até mesmo, me perdoem os estudiosos com seus largos e fartos anos de estudos, palavras em outras línguas. Traduzo pelo meu ouvido, ouço o som das letras que a compõem e o significado de cada uma no teclado. Hein? Quem? Como… Ando ultimamente ouvindo e lendo muito a palavra “woke”. Que caralhos é isso? Woke? Walk? “Walk a mile in my shoes”, Elvis. Aí procuro o dicionário de inglês e vejo: significa “despertar”, “reviver”, “acordar”… E é aí que não entendo mais nada, porque pesquiso um pouco mais no Google e descubro que: “O uso do termo ‘woke’ surgiu na comunidade afro-americana. Originalmente, ele queria dizer ‘estar alerta para a injustiça racial’.” Certo, tudo certo até agora. Injustiça social é mesmo algo a ser combatido e arrancado do seio farto e mole da sociedade. Já deu. Basta!

Vejamos: segundo o site da BBC, “o termo ressurgiu na última década com o movimento Black Lives Matter, criado para denunciar a brutalidade policial contra as pessoas afrodescendentes. (…) Até que, em 2017, o dicionário inglês Oxford acrescentou este novo significado de ‘woke’, definido como: ‘estar consciente sobre temas sociais e políticos, especialmente o racismo’.” Também até aí, tudo certo. Racismo é inaceitável, mesmo. Mas continuemos… “Assim como algumas pessoas se auto definem com muito orgulho como alguém woke, ou atento contra a discriminação e a injustiça, outros utilizam o termo como insulto. O próprio dicionário Oxford faz esta distinção. Após a definição, ele acrescenta: ‘esta palavra é frequentemente empregada com desaprovação por pessoas que pensam que outros se incomodam muito facilmente com estes assuntos, ou falam demais sobre eles, sem promover nenhuma mudança’.” Ou seja, para algumas pessoas, ser “woke” é ter consciência social e racial, questionando paradigmas e normas opressoras historicamente impostas pela sociedade. Já para outros, o termo descreve hipócritas que acreditam ser moralmente superiores e querem impor suas ideias progressistas sobre os demais.

Então… bingo! Resumindo de um leigo para outros leigos: a tal “Cultura Woke”, adotada… Adotada não, mas, como sempre, surrupiada pela esquerda hipócrita, significa, em uma única palavra: hipocrisia. Hummm. “Como assim?”, perguntarão os que pensam. “Hipocrisia e esquerdismo são irmãos gêmeos.” Exato! Terno, Cinquina! Bingo, bella!. A tal de “Cultura Woke” jamais entrará na minha brincadeira de palavras, porque “woke” não se parece em nada, além da proximidade fonética com “walk”. Resumindo: quem defende o “Woke” não conhece o sentido de “walk”. Creio que fui claro na distinção. Então, Don’t ‘woke’ in my shoes!

Escrito e Publicado em 25/09/2024

 

Barata Cichetto, Araraquara – SP, é o Criador e Editor do BarataVerso. Poeta e escritor, com mais de 30 livros publicados, também é artista multimídia e Filósofo de Pés Sujos. Um Livre Pensador

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