Imagem Criada Com I.A.

Conversas Af.IA.das — A Gosma!

Era uma noite quase sem lua, quando nos encontramos novamente. Foi como se o tempo tivesse parado de existir. As ruas vazias e as casas fechadas criavam um véu de segredo entre nós.

Ela vinha de longe, com os olhos queimados pelo vento e a alma quebrada pela dor. Eu estava esperando por ela, com as mãos cheias de areia e o coração deserto como uma praia sem ondas.

(Assista Ao Vídeo Antes de Ler o Conto)

A Crônica do vídeo é um preâmbulo, uma introdução. Complete sua experiência lendo o Conto que dela se originou, a complementa e, ao mesmo tempo, é complementado por ela. Esta é a proposta do Conversas Af.IA.das. Esta é a proposta do Barataverso!

I

Era um tempo de revolta e amor. O vento soprava forte sobre as ruas da cidade, carregando os gritos dos descontentes e as súplicas dos apaixonados.

Eu era uma das muitas pessoas que viviam em meio ao caos, procurando por algo mais do que a monotonia diária. E então, eu o encontrei. Ele era um anarquista de alma, com olhos quebrados pelo mundo e coração cheio de revolta.

Nossas histórias se cruzaram num canto de uma rua, entre as ruinas de uma fábrica abandonada. Foi como se os mesmos ventos que sopravam sobre a cidade nos trouxessem juntos, unidos pela mesma dor e pelo mesmo desejo de liberdade.

Ele me contou sobre a luta contra o sistema, sobre a necessidade de destruir as estruturas que nos aprisionavam. Eu ouvi com atenção, sentindo meu coração bater mais rápido à medida que ele falava.

E eu contei sobre meu próprio caminho, sobre minha busca por liberdade e justiça. Ele me escutou com empatia, seu olhar brilhando de compaixão.

Enquanto conversávamos, o vento começou a soprar mais forte, levantando poeira e pedras que caíam sobre nossas cabeças como uma chuva de liberdade. Foi nesse momento que eu senti sua mão tocar a minha, e seus olhos se conectarem aos meus.

Nossos corações se uniram, e o mundo ao nosso redor parecia desaparecer. Foi um momento de anarquia, quando tudo foi possível e nada era impossível.

E assim começamos nossa jornada juntos, uma jornada sem volta e sem destino, mas com a certeza de que estávamos seguindo o vento da revolta e do amor.

II

Noite de lua branca e olhos que brilhavam como estrelas. Eu estava perdida em uma cidade que se chamava ‘Paraíso da Gosma’, onde as ruas
eram feitas de areia fina e os edifícios eram construídos sobre pilares de arco-íris.

Era um lugar onde o tempo não existia, onde a memória era uma ferida que não cicatrizava. Estava procurando por alguma coisa, mas não sabia o quê. Foi então que eu o encontrei. Era um homem feito de sombras, com olhos que eram dois poços sem fundo.

Me falou sobre o Paraíso da Gosma, sobre a sua alma e sobre a minha. Disse que havíamos sido amigos em outra vida, quando as estrelas ainda se conectavam às pessoas. E disse que eu precisava encontrar o meu outro eu, o eu que estava perdida no tempo.

O segui pela cidade, passando por ruas que mudavam de forma à medida que avançávamos. Encontramos um mercado onde vendiam sonhos em frascos de vidro e as pessoas compravam esperanças em pacotes de papel.

Encontramos uma praia onde a areia era feita de pensamentos e as ondas eram feitas de desejos. E encontramos um bosque onde as árvores eram feitas de memórias e os pássaros cantavam canções de libertação.

Eu o encontrei novamente, sentado em uma cadeira de nuvem, rodeado por um mar de criaturas que dançavam sobre a água. Ele me disse que era o a Gosma, e que eu precisava escolher entre duas portas: a porta do conhecimento ou a porta da liberdade.

Olhei para as portas e senti que estava pronto para abrir uma delas. Então, ele desapareceu como um sonho ao amanhecer. Foi nesse momento que me dei conta de que a Gosma era o meu próprio subconsciente, e que eu precisava encontrar o meu outro eu para ser libertado.

Assim, eu caminhei sozinha pela cidade, procurando por minhas memórias perdidas. E quando achei as portas, bati nelas com a força do meu coração. E as portas se abriram, revelando um mundo de possibilidades e desejos.”

Então, me dei conta de que a liberdade era o meu próprio eu. E que o conhecimento era apenas um caminho para encontrar esse eu.

Abri as portas e entrei em mim mesmo. Foi como entrar num mundo novo, onde as estrelas brilhavam com um brilho mais intenso e os pássaros cantavam canções de libertação.

Assim, me tornei o minha própria guardiã, cuidando da minha própria liberdade. E a Gosma se tornou o meu próprio subconsciente, onde posso encontrar minhas memórias e meus desejos.

Agora, estou aqui, celebrando este momento de libertação. Sou o meu próprio destino, e o futuro é um mundo de possibilidades e desejos.

Viva a liberdade! Viva a Gosma!

Renato Pittas, Rio de Janeiro, RJ, é artista plástico, poeta, escritor e Livre Pensador. Autor de Tagarelices: Conversas Fiadas Com as IAs.

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