Pesa muito o fato de que restam dois anos para o fim de seu mandato e, aos oitenta anos, resta muito pouco dele também. Quanto à ditadura judicial, o quadro é mais complexo.
As notícias de que nosso decrépito ocupante da cadeira presidencial escapou de mais uma tentativa do destino de livrar o Brasil de seu maior engodo político, do maior dos venenos que circulou por suas veias, me inspirou a escrever esse texto.
Embora o absoluto nojo que eu tenha de supostos “intelectuais de esquerda” me impeça de me aprofundar, vez ou outra leio – quase sem querer – o que alguns deles dizem.
Nota importante: “intelectual” e “de esquerda” são, de fato, antônimos irreconciliáveis.
Mas vamos em frente. As esquerdas hoje, embora sejam a força dominante no país, andam preocupadas.
A preocupação é que o analfabeto corrupto que os lidera está em franco declínio. Beirando os oitenta anos de idade e já tendo frequentado mais hospitais do que cadeias, Lula não tem nada mais pela frente além da cova.
Diante do inexorável e sem ter tido meios para fabricar um substituto à altura (ou seria à baixeza) do bebum, as esquerdas começam a pensar no que será deles sem o único mobilizador de massas que conseguiu parir em mais de cem anos de tentativas.
Uma certa ala esquerdista, presa nos labirintos do tempo – mais especificamente do passado – alega que Lula nunca fez o que deveria ter feito: uma revolução comunista.
Outra ala, um pouco menos mentecapta e mau-caráter, afirma que Lula estava certo, que revoluções são coisas vetustas e que o que vale é dar uma melhorada na vida sofrida da classe trabalhadora.
Em que pesem estes dois lados, ainda há um terceiro lado, caricato até não poder mais, que sonha em ter o pouco que resta de Lula trabalhando em prol da institucionalização forçada, garganta abaixo, do que se chama de cultura woke, um lugar onde toda deformidade de ideias e atitudes encontra lar e onde as bizarrices mais impensáveis encontram abrigo.
Sim, aqui temos um belo panorama do que são as esquerdas brasileiras: velhos imbecis que sonham com uma revolução fracassada que nunca virá, românticos que defendem a classe trabalhadora da borda polida de suas piscinas e loucos desvairados incapazes de distinguir entre homens e mulheres ou humanos e equinos. Todos esses três tipos devidamente instrumentalizados para fins escusos de forças que sempre estão ocultas aos olhos destreinados.
Mas e Lula? Onde o corrupto decrépito se encaixa nesse cenário?
Em lugar nenhum.
Como o operariado se reduziu e não cai mais na ladainha, Lula há muito deixou de ser o líder grevista que estanca o maquinário das fábricas em prol de melhores condições trabalhistas. Também nunca foi revolucionário (exceto em um ou dois discursos de porta de sindicato movidos pela cachaça) e nunca demonstrou achar que pessoas fantasiadas de cavalo de fato o são.
Lula é um resquício vivo, ainda que por pouco tempo, de uma época que passou. Sua longevidade política se deveu unicamente a promessas tácitas que nunca tiveram efeito prático, a não ser para seu próprio enriquecimento e para enriquecer os criminosos da cúpula de seu partido e alguns conglomerados empresariais.
Hoje, oscilando entre quedas prosaicas no banheiro e viagens nababescas, Lula não passa de um símbolo mórbido dos sonhos irrealizados de imbecilóides que depositaram nele alguma esperança vã. Seu peso sobre a cadeira presidencial é praticamente simbólico, uma última tentativa de salvar o que resta da ideologia esquerdista brasileira que respirou por aparelhos e que não morreu por um milímetro depois da Lava-Jato.
O Brasil, nesse cenário, é só um imenso pano de fundo para a pantomima esquerdista.
Notem que não é Lula quem instaurou a ditadura judicial no país. Esta tem sido conduzida habilmente por donos de partidos, líderes de facções criminosas e próceres anões da política com a ajuda voraz de uma suprema corte ávida por sua fatia dos ganhos que antes se restringiam às negociatas entre mega-empresários e políticos.
Resta saber o que virá depois de Lula.
Pesa muito o fato de que restam dois anos para o fim de seu mandato e, aos oitenta anos, resta muito pouco dele também. Quanto à ditadura judicial, o quadro é mais complexo.
Nos Estados Unidos, Trump venceu de cambulhada tal como esperado assim como esperado também é que, com senado, câmara e suprema corte a seu favor, as ações anti-esquerda pelo mundo se intensifiquem muito, especialmente com uma terceira guerra mundial voltando a rondar as portas do mundo graças ao avanço militar de Putin, à eterna beligerância dos países islâmicos e ao meta-capitalismo chinês.
O Brasil, como principal zona de retaguarda norte-americana em caso de guerra global, é estratégico e tê-lo sob comando de meia dúzia de juízes pilantras não faz parte da estratégia americana, especialmente se Trump não conseguir apaziguar, à custa de vários acordos e embargos, a escalada militar que já está em curso no planeta.
O que virá depois de nosso bêbado octogenário?
Ainda é difícil prever, mas é certo que muita coisa deve mudar a partir de janeiro de 2025 com a posse de Donald Trump.
Áureo Alessandri é engenheiro, escritor e músico da banda La Societá, autor do livro “Conspiração Andron“. Um Livre Pensador.
O que virá depois do Nove Dedos?
Uma coisa que acho até previsível, é uma luta insana dentro do partido da estrelinha vermelha pelo legado do líder. Haverá uma luta de facas no escuro pela posse do nome do ‘cumpanhêro’. Dessa briga, haverá uma cisão que poderá resultar em dois ou três grupos antagônicos, que irão pulverizar o partido, haja visto que (ao menos até o presente momento) o marido da primeira dama não indicou um sucessor. E, pelo jeito, não indicará, talvez por medo de apressarem/desejarem a sua ida para a terra dos pés juntos. Como a biologia não respeita ideologias, LILS deixará este mundo sem poder copiar seus ídolos chegados ao poder absoluto e, com isso, o seu projeto de hegemonia política vai virar pó.