Uma Análise Empírica da Política Brasileira nos Últimos Sessenta Anos

Atualizado em 06/06/2024 as 15:26:12

Falando apenas sobre os últimos sessenta anos aproxidamente, sobre tendências políticas na América Latina. As datas estão citadas, mas a análise é puramente baseada em fatores empíricos.
Em 1959, a ditadura cubana, sangrenta para a maior parte, mas altamente compensadora para seus líderes, se instala, sob a proteção da então URSS, numa queda de braço com os EUA, em mais uma “batalha” da Guerra Fria.

No Brasil, o presidente era Juscelino Kubitschek, que pouco a pouco entregava o país à interesses escusos, tendo como vice o “esquerdista” João Goulart, que pouco tempo depois seria vice novamente de Janio Quadros em 1961. Lembrando que na época o vice era eleito separadamente, ou seja, se votava no Presidente e se votava também no vice.

Entre 1961 e 1964, a renuncia misteriosa de Janio e tudo que dela decorreu, foi o ensejo para o Regime Militar, que entre o Golpe inicial, contragolpes e contracontragolpes, durou até 1985.

Durante esse período, quase que toda a América Latina estava dominada por regimes ditatoriais militares, que simplesmente fizeram uma transição mais ou menos tranquila. No Brasil especialmente, o penúltimo governo, o de Geisel foi onde ocorreu a Abertura política e João Figueiredo tomou posse com a decisão de ser o ultimo, como foi. Nesse mesmo período quase todas as outras ditaduras militares se desfizeram sem maiores resistências.

Passamos então a um período de, digamos, acomodação, sendo que o final do século, em quase todas essas nações começou uma preparação para o intuito de se estabelecer a hegemonia da esquerda. No Brasil, o responsável seria FHC, desde 1995, depois de um milagroso plano econômico que resolveu o problema do grande vilão brasileiro, a inflação alta.

Daí por diante, o Brasil e a America Latina quase inteira, por cerca de outros vinte anos, praticamente o mesmo tempo que durou o período de regimes militares, foi dominada por ditaduras de esquerda, mais ou menos violentas, sendo o que violência não pode ser traduzida apenas com prisões arbitrárias e torturas físicas.

Por fim, chegamos ao fim da segunda década do século, com uma reação “à direita”, por conta dos desmandos de uma esquerda que enganou milhões de pessoas com suas promessas falsas de igualdade, e especialmente a destruição de todos os valores, financeiros e morais, de onde foram instaladas. Os crimes foram muitos, e decerto não menos que qualquer das ditaduras militares tão combatidas. As desigualdades cresceram, sob a égide de negócios que favoreciam especialmente os bancos, que no fim espoliavam bens e propriedades, sem contar o óbvio conluio com o crime organizado, e especialmente o marxismo cultural, dilapidando mentes e corrompendo jovens e meios de comunicação, seguindo a cartilha do gramscismo. A reação tinha que acontecer. E aconteceu.

Então, penso eu, sem a pretensão, a não ser o de trazer uma análise pessoal sobre esse período, que a historia é feita de ciclos que acontecem independentemente de vontades pessoais de ditadores de qualquer naipe. Na antiguidade, impérios e sistemas de governo duravam séculos, mas sempre caiam, na atualidade, esses impérios duram bem menos. Felizmente.

25/01/2019

Barata Cichetto, 1958, Araraquara – SP, é poeta, escritor. Criador e Editor do Agulha.xyz, e Livre Pensador!

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Olavo Villa Couto
Olavo Villa Couto
18/05/2024 20:52

Comentário feito por IA:
“Essa é uma análise interessante sobre os últimos sessenta anos da política brasileira e sua relação com as tendências políticas na América Latina. Vou tentar resumir os pontos principais que você mencionou:

Ditadura Cubana e Regime Militar no Brasil (1959-1985): Você destaca o estabelecimento da ditadura cubana em 1959 e o consequente período de ditaduras militares na América Latina, incluindo o Brasil, que durou até 1985. Esses regimes foram marcados por autoritarismo e controle político, com o Brasil passando por um processo de abertura política no final do período, culminando na eleição de um presidente civil em 1985.

Período de Acomodação e Ascensão da Esquerda (1985-2005): Após o fim do regime militar, muitos países da América Latina passaram por um período de transição política. No Brasil, a ascensão de Fernando Henrique Cardoso (FHC) marcou uma era de políticas econômicas de centro-esquerda, incluindo a estabilização da economia após um período de hiperinflação.

Domínio da Esquerda (2005-2020): Você menciona um período subsequente de domínio da esquerda na América Latina, caracterizado por governos que implementaram políticas sociais e econômicas mais progressistas. No entanto, você sugere que esses governos falharam em cumprir suas promessas e foram marcados por corrupção e manipulação ideológica.

Reação à Esquerda (após 2020): A análise sugere uma reação contra os governos de esquerda, motivada por uma percepção de falhas e abusos por parte desses governos. Você aponta para um ressurgimento de ideologias de direita como uma resposta a essas falhas, incluindo críticas ao que você descreve como “marxismo cultural”.

Ciclos Históricos e Queda de Impérios: Você conclui que a história política é cíclica e que os impérios políticos modernos têm uma vida útil limitada. Essa visão sugere que, independentemente das ideologias políticas, os regimes políticos estão sujeitos a mudanças e a eventual queda.

Sua análise destaca como as tendências políticas na América Latina, especialmente no Brasil, têm sido moldadas por uma interação complexa de fatores históricos, ideológicos e sociais ao longo das últimas seis décadas.”

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