Os Dez Melhores Discos de Rock de Cada Década – Década de 1990

Atualizado em: 17/08/2024, as 01:08

Falar que sabíamos, tanto eu e Dum de Lucca, quanto os próprios leitores do Jukebox, que a partir dos anos 1980, escolher dez “melhores” discos seria cada vez mais complicado, seria redundância. Qualquer ser humano na face da Terra, ao menos qualquer um que goste e conheça um pouco da história do Rock é capaz de dizer isso. A abundância, o excesso, o demais (sendo essas palavras no sentido positivo), das décadas anteriores deu lugar a escassez e ao excesso e demais, desta vez com as palavras no sentido negativo. As grandes bandas, as chamadas “clássicas”, pareciam estar cansadas, velhas e exaustas, com lançamentos na maioria das vezes insossos ou no mínimo com pouca criatividade. Muitas tinham acabado, como o Led Zeppelin, outras se arrastavam, como o Deep Purple e o Black Sabbath, com formações equivocadas e reuniões caça-níqueis. E, se a profusão de rótulos, sub-vertentes (no sentido de subverter o sentido do Rock que pressupunha o inverso), a partir do Punk tinha dividido o Rock em embalagens muito bem produzidas, produtos de consumo de massa, para atingir nichos intermináveis, com a ultima década do século XX tomou ares absurdos.

Centenas de rótulos foram estampados em camisetas, discos e principalmente na mente das pessoas. E foi assim que surgiram “marcas” como Metal Neoclássico, Visual Kei, Pop Punk, Nu Metal, Brit Pop… E o mais odiento de todos: Indie. Foi a década do início do “boom” da Internet, e as gravadoras, preocupadas com a possibilidade de perderem suas vacas do leite de ouro, investiram massivamente em produtos descartáveis, de consumo fácil e rápido. Se o Metal dos anos oitenta tinha mostrado a força do visual, através de penteados enormes e letras chulas e toscas, o Rock em geral dos anos 1990 tinha apelos bem mais imediatos: o sexo fácil e inócuo e o visual rebelde desleixado… Tudo de acordo como mandam os santos mandamentos da mídia. Portanto, não estranhem comentários bem mais curtos e “emocionais”, como bem citou uma leitora, num dos textos anteriores.

1 ― Pink Floyd ― The Division Bell
1994
Lançamento: Reino Unido 28 de Março de 1994, Estados Unidos 5 de Abril de 1994
Gravação: 1993 – 1994
Gravadora: EMI Records (R.U.), Columbia Records (EUA)
Produção: Bob Ezrin, David Gilmour

1. “Cluster One” 5:58
2. “What Do You Want from Me” 4:21
3. “Poles Apart” 7:05
4. “Marooned” 5:29
5. “A Great Day for Freedom” 4:16
6. “Wearing the Inside Out” 6:49
7. “Take It Back” 6:12
8. “Coming Back to Life” 6:19
9. “Keep Talking” 6:11
10. “Lost for Words” 5:14
11.”High Hopes” 8:31

Décimo quarto e último álbum do Pink Floyd. Depois do controvertido The Final Cut (1983), que era de fato um disco solo de Roger Waters tocado pelo Pink Floyd, como bem informa a capa e o quase dispensável ― se é que existe algum disco do Pink Floyd dispensável ― A Momentary Lapse of Reason (1987), a dupla formada pelo guitarrista David Gilmour e pelo tecladista Richard Wright foi a principal responsável pelas composições que tem como tema principal a falta de comunicação, além de outras questões como o isolamento e conflitos pessoais. Depois dos desentendimentos e uma tentativa de golpe dada por Waters após sua saída da banda, os três músicos remanescentes chamaram o produtor Bob Ezrin e o engenheiro de som Andy Jackson, além do saxofonista Dick Parry, que já tinha trabalhado com a banda no clássico dos clássicos “The Dark Side Of The Moon”. O baixista é Guy Pratt, namorado da filha de Wright. Não é o melhor disco do Pink Floyd, embora tente repetir o clima de expressões de seu álbum mais famoso, mas é ultimo disco da banda e por isso merece estar nesta lista. “What Do You Want from Me” e “High Hopes” se tornaram clássicos absolutos.

2 ― Lou Reed ― Perfect Night: Live in London
1998
Lançamento: 1 de Abril de 1998
Gravação: 3 de Julho de 1997, Royal Festival Hall , Londres
Gravadora: Sire
Produtor: Lou Reed Mike Rathke

Side One
1. “I’ll Be Your Mirror” – 3:16
2. “Perfect Day” – 3:46
3. “The Kids” – 4:26
4. “Vicious” – 5:40
5. “Busload of Faith” – 4:27
6. “Kicks” – 4:16
7. “Talking Book” – 3:43
8. “Into the Divine” – 3:34

Side Two
1. “Coney Island Baby” – 6:11
2. “New Sensations” – 6:07
3. “Why Do You Talk” – 2:38
4. “Riptide” – 4:13
5. “Original Wrapper” – 4:49
6; “Sex with Your Parents” – 2:56
7. “Dirty Blvd.” – 6:06

A discografia de Lou Reed tem inúmeras coisas surpreendentes, mas nada surpreende mais que seus discos ao vivo. Se “Rock’n’Roll Animal” juntamente com “Lou Reed Live” são os melhores discos ao vivo da história do Rock, este, gravado durante o “Meltdown ’97 Festival” em Londres, mostra um Lou Reed mais cadenciado, com versões mais “light”, embora fortes. O disco soa intimista, clássico e empostado. No ano anterior ele havia lançado outro ao vivo, chamado “Live in Concert”. A faixa de abertura “I’ll Be Your Mirror”, originalmente cantada por Nico, na era Velvet Underground tem uma guitarra acústica belíssima na abertura e a ultima: “Dirty Blvd”, um peso que não está exatamente no instrumental, mas na voz furiosa de Mr. Reed.

3 ― David Bowie ― Outside
1995
Lançamento: 25 de Setembro de 1995
Gravação: Março 1994 / Fevereiro de 1995
Estúdios: Mountain (Montreux), Westside (London), The Hit Factory (Nova York)
Gravadora: Arista BMG RCA Virgin
Produtor: David Bowie, Brian Eno, David Richards

1. “Leon Takes Us Outside” 1:25
2. “Outside” 4:04
3. “The Hearts Filthy Lesson” 4:57
4. “A Small Plot of Land” 6:36
5. “Segue – Baby Grace (A Horrid Cassette)” 1:39
6. “Hallo Spaceboy” 5:14
7. “The Motel” 6:49
8. “I Have Not Been to Oxford Town” 3:47
9. “No Control” 4:33
10. “Segue – Algeria Touchshriek” 2:03
11. “The Voyeur of Utter Destruction (as Beauty)” 4:21
12. “Segue – Ramona A. Stone/I Am with Name” 4:01
13. “Wishful Beginnings” 5:08
14. “We Prick You” 4:33
15. “Segue – Nathan Adler” 1:00
16. “I’m Deranged” 4:31
17. “Thru’ These Architects Eyes” 4:22
18. “Segue – Nathan Adler” 0:28
19. “Strangers When We Meet” 5:07

Que David Robert Jones é um dos artistas mais criativos dos últimos cem anos pouca gente duvida. Músico, ator, mímico, compositor e produtor musical, David Bowie gerou os mais belos, criativos e, porque não dizer, geniais discos da história não apenas do Rock, mas da musica em geral. Bowie passeia com desenvoltura e classe por todos os gêneros, flerta com todas as tendências, todas as classes e sexos. Bowie sempre tem uma carta nas mangas bufantes, Bowie sempre tem um passo de dança, um refrão, uma nota, um toque diferente a dar. E não seria diferente com esse álbum conceitual: Outside, de 95. Depois de lançar álbuns com a Tin Machine, o retorno aos discos solo com “Black Tie White Noise” e do experimental “Buddha of Suburbia”, David Bowie entra de sola na década de 90 com um disco experimental, uma obra conceitual que conta a história de um assassinato, através dos diários de um detetive, Nathan Adler. Nesse trabalho, o retorno de uma parceria antiga com Brian Eno, que criou obras fantásticas. Um disco que na primeira audição pode parecer um pouco chato e confesso: a primeira vez que escutei achei isso mesmo, mas que com o tempo e com maior atenção às nuances musicais, as climatizações, essa sensação se dissipa, dando lugar a uma viagem ao musical sem precedentes. E se há nesta lista o melhor da década, com certeza é este.

4 ― Patti Smith ― Gone Again
Lançamento: 18 de Junho de 1996
Estudio Electric Lady
Gravadora: Arista
Produtor: Malcolm Burn, Lenny Kaye

1. “Gone Again” 3:16
2. “Beneath the Southern Cross” 4:35
3. “About a Boy” 8:15
4. “My Madrigal” 5:09
5. “Summer Cannibals” 4:10
6. “Dead to the World” 4:17
7. “Wing” 4:53
8. “Ravens” 3:56
9. “Wicked Messenger” 3:49
10. “Fireflies” 9:33
11. “Farewell Reel” 3:54

Conforme citado e recitado anteriormente, jamais poderia deixar de colocar um disco de Patti Smith em qualquer lista. E a ativista, poeta, cantora, compositora e principalmente mulher, Patti está em todas as minhas listagens desde o final dos anos 1970. E garanto que algumas são realmente inconfessáveis. Mas… Depois de um isolamento que se seguiu à morte de seu marido, Fred “Sonic” Smith, ex-guitarrista da legendária banda MC5, vítima de um ataque cardíaco em 1994, e do irmão, Todd, no ano de 1994, e encorajada por John Cale e Allen Ginsberg a procurar ajuda médica, Patti saiu em turnê com Bob Dylan em dezembro de 1995. No inicio do ano seguinte, começou a gravação desse disco visceral, como sempre, e que incluía a canção “About a Boy”, um tributo a Kurt Cobain, embora tivesse ficado mais enfurecida do que triste a respeito de seu suicídio. O disco é ao mesmo tempo melancólico e furioso, com a voz rasgante e agora mais grave que antes de Patti bradando, lamentando e consolando ao mesmo tempo. A capa já avisa o que estará lá dentro: de cabeça baixa, como se estivesse chorando e triste, cabelos desalinhados, num tom sépia. Acho que esse disco é a cara dos anos noventa, que me perdoem (ou não) a turma da alegria.

5 ― Dio ― Angry Machines
Lançamento: 23 de Setembro de 1996
Estúdio: Total Access (Redondo Beach, Calif.)
Gravadora: Mercury (Japão), Mayhem Records (EUA), SPV/Steamhammer (Europa)
Produtor: Ronnie James Dio

1. “Institutional Man” 5:08
2. “Don’t Tell the Kids” 4:19
3. “Black” 3:10
4. “Hunter of the Heart” 4:13
5. “Stay Out of My Mind” 7:11
6. “Big Sister” 5:35
7. “Double Monday” 2:55
8. “Golden Rules” 4:54
9. “Dying in America” 4:38
10. “This Is Your Life” 3:25

Procurando uma imagem para ilustrar a matéria, cai no Wikipedia, no verbete sobre o esse que é o sétimo álbum da banda “Dio”: “É o segundo e último de estúdio gravado com Tracy G, que foi demitido alguns anos mais tarde. Vale a pena lembrar que esse é considerado o pior álbum de Dio.” Esse é o problema desse site: quer ser uma enciclopédia e aceita esse tipo de definição “técnica”. “Considerado” pelo autor do texto, decerto. Que Tracy G. é ruim de doer como guitarrista não há duvida, mas as composições e a voz de Dio salvam qualquer disco de ser ruim. E eu não “considero” esse disco ruim, muito contrário. “Institutional Man” e “Big Sister”, por exemplo, são pérolas. A voz de Ronnie soa firme como sempre. Enfim, pode não ser “considerado” o melhor disco dele, mas, dentro do apresentado na década, eu “considero” tranquilamente um dos dez que merecem ser referenciados.

6 ― Motorhead – 1916
Lançamento: Janeiro de 1991
Gravação: 1990
Gravadora: WTG
Produtor: Peter Solley, Ed Stasium

1. “The One to Sing the Blues” 3:08
2. “I’m So Bad (Baby I Don’t Care)” 3:14
3. “No Voices in the Sky” 4:12
4. “Going to Brazil” 2:31
5. “Nightmare / The Dreamtime” 4:42
6. “Love Me Forever” 5:28
7. “Angel City” 3:57
8. “Make My Day” 4:25
9. “R.A.M.O.N.E.S.” 1:26
10. “Shut You Down” 2:42
11. “1916” 3:48

“Lemmy is God”, 1916 é a volta do filho pródigo. E “God” não faz discos ruins. Só isso!

7 ― Steve Howe ― Portraits of Bob Dylan
Lançamento: 13 de Julho de 1999
Gravação: Recorded Langley, Devon, England / Dinemec Studios, Geneva, Switzerland / Mountain Studios, Montreux, Switzerland
Gravadora: Eagle
Produtor: Steve Howe

1. “Sad Eyed Lady of the Lowlands” (Vocal: Jon Anderson) 12:00
2. “Mama, You’ve Been on My Mind” (Vocal: Steve Howe) 2:33
3. “It’s All Over Now, Baby Blue” (Vocal: Annie Haslam)4:32
4. “Going, Going, Gone” (Vocal: Max Bacon) 3:52
5. “Just Like a Woman”(Vocal: Steve Howe) 4:35
6. “Well, Well, Well” (Vocal: P. P. Arnold) 4:05
7. “The Lonesome Death of Hattie Carroll” (Vocal: Dean Dyson) 6:08
8. “Lay Lady Lay”(Vocal: Keith West) 3:43
9. “One Too Many Mornings” (Vocal: Phoebe Snow) 3:30
10. “I Don’t Believe You”(Vocal: Steve Howe) 4:16
11. “Don’t Think Twice, It’s All Right” (Vocal: Allan Clark) 4:01
12. “Buckets of Rain” (Vocal: Steve Howe) 3:54

Legal, eu confesso! Odeio o Yes! Acho a banda mais chata do planeta. E por conseguinte detesto todos os seus membros. E confesso mais: só fui escutar esse disco uns dez anos depois de lançado, pelos motivos explicados. A primeira reação foi de espanto. Espanto em saber que um dos guitarristas mais chatos de uma das bandas mais… Tá, eu paro! Vou falar desse disco. O álbum “Portraits of Bob Dylan”, lançado em 1999, é o nono da discografia de Steve Howe, que também tocou em outra banda mais chata ainda… o Asia (Azia?)… Steve Howe é tão fã de Dylan que seu filho, o baterista desse álbum, se chama Dylan Howe. A proposta foi juntar músicos amigos e convidados para fazer versões de musicas de Dylan. E a pluralidade dessas vozes é que transforma esse disco em algo delicioso de escutar, uma viagem dylanesca bem mais agradável do que ouvir a voz (chata) de Bob Dylan, em canções absolutamente maravilhosas. Os destaques ficam por conta da deliciosa voz de Annie Haslam (Renaissance) que dá vida nova a uma música belíssima mas manjadíssima: “It’s All Over Now, Baby Blue”, a voz forte de Keith West com “Lay Lady Lay” e Allan Clark, vocalista dos Hollies, em “Don’t Think Twice, It’s All Right”. O próprio Howe canta: “Just Like a Woman”, sem comprometer, mas sem maiores surpresas. Um disco para ser escutado com atenção e respeito até mesmo por caras chatos como eu, que detestam o Yes.

8 ― Radiohead ― OK Computer
1997
Lançamento: 21 de Maio de 1997
Gravação: 1995 a 1997
Estúdios: Canned Applause, Didcot, England / St Catherine’s Court, Bath, England
Gravadora: Parlophone / Capitol
Produtor: Nigel Godrich / Radiohead

1. “Airbag” – 4:44
2. “Paranoid Android” – 6:23
3. “Subterranean Homesick Alien” – 4:27
4. “Exit Music (For a Film)” – 4:24
5. “Let Down” – 4:59
6. “Karma Police” – 4:21
7. “Fitter Happier” – 1:57
8. “Electioneering” – 3:50
9. “Climbing Up the Walls” – 4:45
10. “No Surprises” – 3:48
11. “Lucky” – 4:19
12. “The Tourist” – 5:24

Sabem que musica me vem à cabeça quando falam em anos 90? Ah, adivinhou! “No Surprises”. Certo, o Rock nesses anos se manteve graças à dores de cotovelo, frustrações, lamentos e instrumental um pouco certinho e bem produzido demais para o Rock. E esse disco mostra tudo isso. Até backing vocals chorosos. Enfim “No Surprises”. E se eu tenho que relacionar os discos de uma década, no caso a de 90, então por que não colocar o que tem a musica tema? Ah tá, mas as duas primeiras Faixas:: “Airbag” e “Paranoid Android” até que tem algumas boas “surprises”.

9 ― My Bloody Valentine ― Loveless
Lançamento: 4 de Novembro de 1991
Gravação: 1989 a 1991
Gravadora: Creation, Sire, Domino
Produtor: Kevin Shields, Colm Ó Cíosóig

1. “Only Shallow” 4:17
2. “Loomer” 2:38
3. “Touched” (Instrumental) 0:56
4. “To Here Knows When” 5:31
5. “When You Sleep” 4:11
6. “I Only Said” 5:34
7. “Come in Alone” 3:58
8. “Sometimes” 5:19
9. “Blown a Wish” 3:36
10. “What You Want” 5:33
11. “Soon” 6:58

Quando o Dum de Lucca me chamou para participar desse projeto, embora tenha ficado entusiasmado com a ideia, fiquei com receio, em função das épocas mais recentes. Eu fiquei mais velho, mais chato e mais seletivo… Mais ranzinza, talvez. Mas, imaginem o que é crescer ouvindo Led Zeppelin Pink Floyd e outros direto na fonte e depois chegar a épocas tão pouco criativas como essas. Pensei: ah, não vou ter que escutar de novo aquelas coisas sem criatividade dos anos 90… Mas lembrei de algo que realmente, mesmo na época, me chamou muito a atenção, justamente pelos experimentalismos, tecnologia e referencias que esse disco possui. Segundo informações, “Loveless” demorou mais de dois anos para ser gravado, usou 19 estúdios diferentes, um sem numero de engenheiros de som e uma quantia de mais de 250 mil libras, o que quase faliu a gravadora Creation Records. O vocalista e guitarrista Kevin Shields compôs todas as musicas e dominou todo o processo de gravação; procurando alcançar um som particular, com o uso de várias técnicas como guitarras com tremolo, sample de batidas de bateria e vocais obscuros. O resultado é bem inusitado e criativo para a época. Talvez esse disco marque o fim da época do experimental, com a curva da criatividade fazendo uma descendente.

10 ― Nirvana ― Nevermind
Lançamento: 24 de Setembro de 1991
Gravação: Abril de 1990 a Maio 1991
Estúdio(s): Sound City (Los Angeles, EUA), Smart (Madison, EUA)
Gravadora: DGC
Produção: Butch Vig

1. “Smells Like Teen Spirit” 5:01
2. “In Bloom” 4:14
3. “Come as You Are” 3:38
4. “Breed” 3:03
5. “Lithium” 4:16
6. “Polly” 2:56
7. “Territorial Pissings” 2:23
8. “Drain You” 3:43
9. “Lounge Act” 2:36
10. “Stay Away” 3:32
11. “On a Plain” 3:16
12. “Something in the Way” 3:52
13. “Endless, Nameless” 6:44

Então, chegamos ao final de mais uma lista. E uma duvida me assola: listas são sempre pessoais e, por conseguinte, vão não ao gosto do freguês, no caso o leitor, mas gosto do dono da padaria, no caso especifico o autor. E então, devo colocar nessa lista um disco que não gosto, de uma banda que detesto, levando em consideração que esse disco, de uma forma ou de outra mudou o cenário, abrir flancos e derrubou estigmas? Sim, claro que devo. E por esse motivo, embora não gostando nem um pouco de Nirvana e de seu astro covarde suicida, muito menos desse disco o coloco nesta lista… Em ultimo lugar, entretanto. E como não gosto, não vou ficar aqui vomitando impropérios a Kobain e companhia limitada, com suas camisas de flanela. Esse disco tem importância histórica dentro do contexto do Rock. E ponto!

4/12/2013

Barata Cichetto, Araraquara – SP, é o Criador e Editor do BarataVerso. Poeta e escritor, com mais de 30 livros publicados, também é artista multimídia e Filósofo de Pés Sujos. Um Livre Pensador

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Genecy de Souza
Genecy de Souza
26/02/2024 20:21

Como você bem disse, listas são sempre pessoais. E, nessa lista referente a década de 90, isso fica bem claro, pois, à execeção de dois ou três álbuns, creio que todos não aparecem em qualquer lista, a não ser nas últimas posições. E isso não é nenhum demérito. Há álbuns que foram feitos para poucos.

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