SINOPSE
“Versos Reescritos Pela Máquina (ou Merda d’Artista)” é um provocativo ensaio que se desdobra em torno da interseção entre a criatividade humana e a inteligência artificial. O autor, ao longo de uma jornada reflexiva, explora a essência da escrita e da arte, utilizando como pano de fundo experiências práticas com o ChatGPT. O livro é uma reflexão crítica sobre a natureza da arte, sua relação com a alma humana e os limites da criação assistida por máquinas.
A obra inicia-se com uma análise do processo de escrita humana, que é descrito como uma jornada complexa, repleta de emoções, raciocínio e experiências. O autor destaca etapas cruciais, como a inspiração, a estruturação e o refinamento do texto, enfatizando a singularidade da expressão artística que emerge do profundo contato com a própria subjetividade. Essa abordagem humanista serve de contraponto ao trabalho da IA, que, por sua natureza, carece da vivência emocional que molda a arte.
O autor então questiona a validade da produção artística gerada por inteligência artificial. Em diálogos com a máquina, ele busca entender o processo criativo da IA, que se baseia em padrões e dados, sem a inspiração e a intuição que caracterizam a escrita humana. Essa parte da obra reflete uma inquietação sobre o papel da tecnologia na arte, onde a IA é vista não como criadora, mas como uma ferramenta que reconfigura elementos preexistentes, levantando o debate sobre a autenticidade e a originalidade.
À medida que a narrativa avança, o autor mergulha em uma discussão mais ampla sobre o que constitui a arte. Ele aponta que, mesmo sem alma, as criações geradas pela IA podem ser esteticamente impressionantes e impactantes, levando a questionamentos sobre a natureza do valor artístico. A relação entre a intenção humana e a simulação da IA torna-se um ponto central, desafiando preconceitos sobre a exclusividade da criatividade humana.
“Versos Reescritos Pela Máquina (ou Merda d’Artista)” culmina em uma reflexão profunda sobre a essência da arte e o papel da inteligência artificial em sua produção. O autor conclui que, apesar das experiências e experimentos, a arte gerada por IA não pode ser considerada verdadeira arte, uma vez que carece dos requisitos humanos que a definem. Assim, a obra se posiciona como um manifesto sobre o dilema contemporâneo entre homem e máquina, desafiando o leitor a reconsiderar o que realmente significa criar.
Com uma prosa envolvente e instigante, “Versos Reescritos Pela Máquina (ou Merda d’Artista)” não apenas apresenta uma crítica ao uso da inteligência artificial na produção artística, mas também provoca uma reflexão sobre a essência da criatividade e a importância da subjetividade na expressão humana. Este livro é uma leitura essencial para artistas, escritores e todos aqueles que se interessam pela intersecção entre tecnologia e arte, propondo um diálogo necessário sobre o futuro da criação artística em um mundo cada vez mais mediado por máquinas.
Olavo Villa Couto
TRECHO
Tenho feito inúmeros experimentos artísticos usando a IA do Chat GPT, incluindo debates políticos e análises psicológicas e filosóficas. Agora, depois de receber e publicar inúmeros textos que notadamente eram escritos com IA (nunca afirmo que foram feitos POR, pois afinal, a IA não produz nada por si, mas precisa ser alimentada, guiada por mãos humanas), resolvi experimentar a escrita, solicitando a ela que escrevesse, a partir de uma poesia minha, um conto, mantendo as características poéticas, mantendo eventuais diálogos e contextos. O número de palavras sugeridos foi sempre o mesmo: em torno de 1.000. Os poemas escolhidos foram aqueles que tinham em comum duas coisas: tinham uma temática pesada, sempre escritos com a forma clássica de poesia, em quadras e com rimas. Propositalmente intercalei poemas mais longos com bem curtos, mantendo o numero de palavras para o resultado final.
Mas primeiro eu queria entender, por intermédio da própria máquina os processos de escrita, tanto humanos quanto da máquina, e assim coloquei três perguntas à ela.
AVALIAÇÃO
Leia:
Versos Fria e Artificialmente Reproduzidos: A Morte da Arte nas Garras do Capitalismo, por Lilliam Varella da Silva
Versos Reescritos Pela Máquina (ou Merda d’Artista)
Barata Cichetto e ChatGPT
Prefácio: Santo Xavier
Gênero: Poesia / Conto
Ano: 2024
Edição: 1ª
Editora: BarataVerso
Páginas: 192
Tamanho: 16 × 23 × 1,20 cm
Peso: 0,400
Barata Cichetto, Araraquara – SP, é o Criador e Editor do BarataVerso. Poeta e escritor, com mais de 30 livros publicados, também é artista multimídia e Filósofo de Pés Sujos. Um Livre Pensador.