Atualizado em: 21/08/2024, as 12:08
Hoje, não sei por quê! Tão pouco peço, mas sinto a brisa, pela fresta, entrar ardente. Embora eu viva neste mundo de Avanço & Retrocesso, mas é tão intenso o sinal de sua presença, espalha-se pelo quanto mansamente, creia! Sua falta é tão intensa. Ah, doce Esperança! Que bom que me acompanha, mesmo posando como a fraca luz de uma lua agonizante, enquanto só, assisto passivo da janela ao jogo onde um perde e outro ganha. Não sei, no momento, o que é presente ou passado, ambos vivem, agora, juntos ao meu lado, olhando, como outrora, um beco escuro, à espera do sol de um futuro, ilumine a Nação, que de amor, está vazia, no aguardo de um Instante de PAZ. Que cessem os dramas onde Otelo, agindo por paixão se fez pequeno, a falta de amor é o veneno, capaz de jogar por terra um Castelo. Cessem, de vez, todas as rivalidades. Dos Montecchios ao Capuletos. Não ocultem sobre o riso, novas facetas, lapidem seus instintos violentos, pois o ódio foi quem matou Romeu e Julieta. Cesse o poder dos canalhas, donos da verdade, que fazem da traição e da mentira a triste arte. Com suas falas, calúnia e tirania, pois no meu coração ainda arde, o vício de espalhar por toda parte, um lume de Esperança, com Poesia. Porém, ainda, sou um ser coisificado, resultado deste Avanço vil. Sou uma peça, um adorno, um parafuso, “res” quase sempre governando, mas às vezes, sou autônomo e crio. Conheço tão pouco o que faço, Hoje, o gigantesco ocupa pouco espaço, ganha forma, corpo e, por fim, não reconheço mais a peça pronta, acidentalmente, a gente se encontra e não parece ter nada de mim. Desencantado, após o dia findo, frustrado pelo triste cerco, escondo-me atrás de um copo de cerveja e aproveitando a imaginação, que me festeja, finjo pinta no céu, um dia lindo, pois o coisificar do dia-a-dia deste Avanço dominador, algoz, que me tirou os pés do chão, agora as mãos, ao apertar os botões, despertam o animal feroz, sem alma, sem sonho, sem fé… E lá esta ele, na tela insensível, tal qual serpente, dando um bote perfeito. Parece errado de tão direito, tudo faz, sem euforia, este maldito criador, sem emoção, sem mãos de graça ―sem poesia ―é o autor da morte do artesão. Sem defeito, num instante, a peça pronta. Eis o trágico rebento do Avanço! Mas ninguém ouve, sequer se dão conta que de uma gestação, sem espera, choro, grito; de uma invenção decorre outra. E no caminho escuro desta tela clara, oculta-se um monstro que não para, percorrendo o espaço infinito, enquanto a tripulação desta nave Terra perdida, luta por dignidade, teto, solo, comida, um engenho metálico, frio e sem arte, faz-nos encontrar no árido solo de Marte. Meu Deus! Que aventura! Tão descabida ousadia, Eu poeta, revoltado, mostro meu protesto em forma de poesia: Senhores “Donos do Universo” com pequenas conquistas o povo sonha, e a certeza em tê-las, pouco a pouco, se restringe, esperançosos por elas morremos, pois sem ela a gente não vive… Só finge.
Foi lá que morreu o meu sonho… Num chão batido deu seu último suspiro, mas ainda ecoa ...
Ah, mas no outro dia, entre mentiras e meias verdades, assisto a desfile de modas, novelas, entrevistas, ...
Vejo os rios sofrendo a convulsão, debatem-se preso as margens artificiais, espumando-se, olha-se para frente, a fumaça ...
Ah! Mas bem antes deste meu ingresso, nestemundo de armadilhas de Avanço ou Retrocesso eu colhia vogais ...
Ah, do Paraíso da vida interiorana, triste regresso,deixei um lugar onde tudo era tão verdade, para encarar ...
Tortuoso caminho se deu meu retorno, numa cidade de armadilhas, trilhas, atalhos, onde há o marcado baralho, ...
Venha! Não vamos compactuar desta desgraça, não nos misturemos à maldita fumaça, da ambição, do desamor, nas ...
Ah, quanta insatisfação… Há uma desordem dentro de mim, quase nada me satisfaz, em tudo que procuro ...
Boa tarde, poeta Barata Cichetto. Como vai, nobre pensador Áureo Alessandri? Como vão meus nobres companheiros, de ...
Neste terreno onde às vezes me refugio, da loucura entre Avanço & Retrocesso, é um espaço, um ...
Hoje, não sei por quê! Tão pouco peço, mas sinto a brisa, pela fresta, entrar ardente. Embora ...
Olhem! Percebam! Eu lhes peço! É cruel demais ver tanto descaso, neste mundo de Avanço & Retrocesso ...
Vaza do meu corpo a imensidão do mundo, numa viagem inexoravelmente constante, nesta última fila de espera, ...
A minha vida é uma Cerca Viva. Dentro dela passa o tempo como um rio solitário levando ...
Aos poucos vai despertando este Gigante, pelos homens, que neste instante, em todas as partes onde se ...
Ah, deixe-me correr atrás do sonho! Se há emoção, há vazão num poema, num graveto, num casco ...
Estamos em junho, o mês das Festas Juninas, masnas noites, nenhum recanto luminoso brilha, nenhum fogos, sem ...