Atualizado em: 21/08/2024, as 12:08
Olhem! Percebam! Eu lhes peço! É cruel demais ver tanto descaso, neste mundo de Avanço & Retrocesso. Agora esconde-se de repente, encolhe-se ao clarão que surge adiante, aos poucos abandonam, o leite quente, adormecidos entre juras, os amantes, Ah! Mas lá fora, debaixo das marquises, envoltas em jornais e às escuras, como se de nada fizessem parte, adormecidos estão tétricas figuras. Seres humanos, vítimas sei lá de quê, Talvez da sorte que conspira, resultado de tantas mentiras, ou quem sabe, até de você. E enquanto o escuro esconde os abafados gemidos de mulher, de homem, ao lado, encolhida, inanimada uma criança dorme, sem saber, são os “Principais Personagens”
Graças a Deus! Menos mal… De debates, palestras… Que bobagem! São políticos, autoridades, coisa e tal. Que no auge da retórica falida ―corvos, nada mais a que se presta, usam aquelas miseráveis vidas, para sua boa comida, viagem, festa. Pena! Eles dormindo, a tudo renunciam, atrás das mentiras, triste verdade… Amanhece, novo engano, novo dia, o chão frio é a única realidade… Como podemos ver, dignidade é menos que réis, só agora ficamos a par, do pão que se roubou dos fiéis, dos peixes no lago particular, no jardim da casa de Hamã, onde as taças cheias de sangue, nas sujas riquezas dos mangues, tilintam nas festas de Satã. Riem, consumindo o que resta, há de terminar a satânica festa, pois cada gota derramada das taças. São nossos suores que caem, causadores das atuais incertezas e também dos nossos ais… Quantos morreram nas marquises? Quantos morreram nas ruas? Quantos nas portas dos hospitais?
Riem “malditas senhoras” Riem “malditos cavalheiros” ao preço dos seus trinta dinheiros, e pra fazer bocas mudas, abriram aos filisteus, os celeiros. Conhecemos, de vez, todos Judas.
Foi lá que morreu o meu sonho… Num chão batido deu seu último suspiro, mas ainda ecoa ...
Ah, mas no outro dia, entre mentiras e meias verdades, assisto a desfile de modas, novelas, entrevistas, ...
Vejo os rios sofrendo a convulsão, debatem-se preso as margens artificiais, espumando-se, olha-se para frente, a fumaça ...
Ah! Mas bem antes deste meu ingresso, nestemundo de armadilhas de Avanço ou Retrocesso eu colhia vogais ...
Ah, do Paraíso da vida interiorana, triste regresso,deixei um lugar onde tudo era tão verdade, para encarar ...
Tortuoso caminho se deu meu retorno, numa cidade de armadilhas, trilhas, atalhos, onde há o marcado baralho, ...
Venha! Não vamos compactuar desta desgraça, não nos misturemos à maldita fumaça, da ambição, do desamor, nas ...
Ah, quanta insatisfação… Há uma desordem dentro de mim, quase nada me satisfaz, em tudo que procuro ...
Boa tarde, poeta Barata Cichetto. Como vai, nobre pensador Áureo Alessandri? Como vão meus nobres companheiros, de ...
Neste terreno onde às vezes me refugio, da loucura entre Avanço & Retrocesso, é um espaço, um ...
Hoje, não sei por quê! Tão pouco peço, mas sinto a brisa, pela fresta, entrar ardente. Embora ...
Olhem! Percebam! Eu lhes peço! É cruel demais ver tanto descaso, neste mundo de Avanço & Retrocesso ...
Vaza do meu corpo a imensidão do mundo, numa viagem inexoravelmente constante, nesta última fila de espera, ...
A minha vida é uma Cerca Viva. Dentro dela passa o tempo como um rio solitário levando ...
Aos poucos vai despertando este Gigante, pelos homens, que neste instante, em todas as partes onde se ...
Ah, deixe-me correr atrás do sonho! Se há emoção, há vazão num poema, num graveto, num casco ...
Estamos em junho, o mês das Festas Juninas, masnas noites, nenhum recanto luminoso brilha, nenhum fogos, sem ...